Depois das últimas legislativas o PSD perdeu, pela primeira vez, no distrito, o partido de Luís Montenegro, que agora concorre coligado com o CDS-PP e o PPM, espera voltar a ter a confiança dos eleitores da região
“Acredito n um resultado muito expressivo no distrito de Leiria, que sei bem e onde , quer o PSD, quer o CDS têm pergaminhos em termos de trabalho autárquico e parlamentar e até em g overno ”, assuma -me Luís Montenegro, que esta quinta- feira, fez campanha no distrito.
De manhã, uma comitiva visitou a Avelmond, empresa têxtil de Ansião. Depois almoçou com candidatos e apoiantes da candidatura e, no início da tarde, participou numa arruada entre o Jardim Luís de Camões e o Maringá, o mesmo percurso feito ontem por Pedro Nuno Santos.
Antes do almoço, em declarações ao JORNAL DE LEIRIA, Montenegro destacou “a capacidade empreendedora das forças vivas da região , dos seus empresários, dos seus trabalhadores, e instituições”, que fazem dest e um distrito ” muito sonoro” , e teceu elogios ao Politécnico de Leiria, que “ é exemplar no contexto nacional ”, pelo conhecimento que produz e pela ligação às empresas .
“Aquilo que faz falta a Leiria é um governo melhor, um governo diferente”, afirmou o líder da AD, que expressou confiança na lista por Leiria, uma lista “forte”, liderada por Telmo Faria, antigo presidente da Câmara de Óbidos e “ um grande quadro do PSD”.
Já nas ruas da cidade, Luís Montenegro, que esteve acompanhado de Nuno Melo, presidente do CDS-PP, trocou breves conversas com transeuntes e funcionários das lojas, e parou numa pastelaria para beber um café, onde fez um repto a duas eleitoras que assumiram não saber ainda em quem vota. “Pensem bem e decidam melhor”, atirou o social-democrata, que em resposta ao elogio de Telmo Faria, que o indicado como “o candidato mais simpático”, disse que, “mais importante” do que a simpatia, é o seu interesse em “mudar o País”.
Durante a arruada, o líder da AD recebeu também várias manifestações de solidariedade pelo episódio de ontem, dia em que foi atingido com tinta por um ativista climático. “O que lhe fez, não se faz. Assim, perdem a razão”, disse Maria de Jesus, que há 54 anos vende castanhas nas ruas de Leiria e que ontem também esteve à conversa com Pedro Nuno Santos. “Vêm cá todos”, diz, entre risos, já com o líder da AD pelas costas, avenida dentro.
Pelo caminho, encontra o antigo presidente da Junta do Souto da Carpalhosa, Armindo Bento, que expressa confiança na vitória – vamos ganhar” – e cruza-se com a candidatura a primeiro-ministro pelo Volta, também em campanha no distrito.
No final da arruada, em declarações aos jornalistas, Luís Montenegro disse não estar preocupado com sondagens, nomeadamente com a última da Universidade Católica, divulgada ontem e que aponta para um aumento do número de indecisos.
“A minha expectativa é que no dia 10 haja alta taxa de participação e que os portugueses possam nas urnas provar aquilo que estamos a ver na rua, uma vontade genuína de mudar e de apoiar uma mudança de segurança, que quer transformar o país”, afirmou.
Luís Montenegro voltará ao distrito na próxima terça-feira, dia 5. Participará, à tarde, numa arruada em Alcobaça e à noite, num jantar-comício em Caldas da Rainha (Expoeste).