Entre as “mil empresas para inspirar a Europa” há dez portuguesas e, destas, duas da nossa região: a Lusiaves, do sector avícola, e a Socem, de moldes. A distinção é da London Stock Exchange. Todos os anos, a LSE elabora uma selecção que procura distinguir as empresas com uma facturação entre os 20 e os 300 milhões de euros e com a assinalável velocidade de expansão. Trata-se, no fundo, de um grupo de empresas de média dimensão que o mercado londrino tem como alvo, procurando seduzi-las para as soluções de financiamento de que dispõe.
“É um reconhecimento do nosso trabalho, um trabalho de equipa”, comenta Luís Febra, administrador da Socem, frisando que “o reconhecimento não se pede nem se rejeita, respeita-se”. A empresa da Martingança, no concelho de Alcobaça, dedica-se à engenharia e fabrico de moldes e, segundo a LSE, tem um volume de negócios entre os 20 e os 30 milhões de euros.
[LER_MAIS] Este ano são dez as empresas lusas constantes do ranking, menos de metade das 22 da edição do ano passado. Além da Socem e da Lusiaves (que não foi possível ouvir até ao fecho desta edição), foram destacadas a Carvalhos (couros); Elastron (têxteis e peles); Germano de Sousa – Centro de Medicina Laboratorial (análises clínicas); Sovena (alimentação e agricultura); Vector Mais (design); WIT Software (tecnologia, que tem um escritório em Leiria); Iguarivarius (indústria alimentar); e Vision-Box (tecnologia de segurança).
O objectivo da LSE é, além de conseguir mais negócio, elevar o nível de crescimento das PME europeias, que têm nos últimos anos liderado o crescimento e a criação de postos de trabalho.
O número
139
por cento foi a taxa de crescimento do emprego a dois anos registada pelas empresas portuguesas que integram o ranking da LSE. A média do volume de negócios é de 37 milhões de euros