Em três anos, a Manulena, fabricante de velas sediada em Mira de Aire, mais do que duplicou a sua facturação. Está a ganhar cada vez mais mercado junto de insígnias de luxo, como é o caso da Diptyque, e prepara-se para alavancar as exportações da sua marca própria.
Em 2022, a Manulena facturou 9,2 milhões de euros, um crescimento muito significativo, reconhece Pedro Custódio, CEO da empresa, já que, três anos antes, a facturação situava-se nos 4,5 milhões de euros.
Os números resultam da aposta que a fabricante tem vindo a realizar em inovação e tecnologia, aliadas à qualidade e à produção artesanal, que o mercado, em particular as marcas de luxo internacional, tanto apreciam, explica o empresário.
A Manulena emprega[LER_MAIS] hoje 130 colaboradores e exporta cerca de 35% do que produz, sobretudo para França e Inglaterra.
O negócio familiar remonta a 1955, quando Manuel Pedro Custódio (pai do actual proprietário), começou a ir de bicicleta, à porta das igrejas e do Santuário de Fátima, para vender as velas de culto que ele próprio produzia.
Anos depois, em 1968, fundava a Manulena que, numa primeira fase, se posicionou no sector religioso. Há cerca de 30 anos, a fábrica encetou a produção na vertente decorativa, onde tem ganho protagonismo junto de marcas de luxo.
Quando assinalou 50 anos de actividade, a Manulena lançou a sua própria marca de velas, peças aromáticas e difusores.
“Estamos a desenvolver uma estratégia de marketing para lançar a Manulena como marca de produto”, refere Pedro Custódio. “Vendemos em lojas de decoração, perfumes, turismo e colecção upper market e temos também uma linha mass market diferente”, prossegue o CEO.
A marca está a ser comercializada online e o site está a ser expandido de forma a chegar ao mercado espanhol e alemão, adianta o empresário.
A marca própria, também denominada Manulena, mantém viva a determinação e a criatividade dos fundadores da empresa (Manuel e Madalena), salienta o filho, Pedro Custódio.