A Câmara da Marinha Grande é parceira institucional num projecto-piloto, de economia circular, que vai ter início no concelho, na perspectiva de que se possa estender a todo o País. Em causa está a Plataforma Vidro +, explicou o presidente da autarquia em reunião de câmara.
“Portugal tem uma taxa de reciclagem extremamente baixa em comparação com a Europa. E o objectivo é que, até 2030, tenhamos capacidade de recolher 90% das embalagens de vidro colocadas no mercado”, enquadrou Aurélio Ferreira.
Além de fabricantes de vidro, o projecto envolve entidades institucionais, organizações não governamentais, associações, entre outros stakeholders, numa plataforma coordenada pela Associação Smart Waste Portugal.
Para que o vidro seja recolhido, reciclado e reincorporado na produção de novas embalagens, serão colocados recipientes inteligentes [LER_MAIS]junto de cafés, restaurantes, entre outros grandes consumidores de produtos em embalagens de vidro, adiantou o presidente, salientando que os objectivos do projecto têm sido acolhidos “com entusiasmo”.
BA Glass Portugal, Gallo Vidro e Santos Barosa Vidros estão entre as empresas aderentes a esta iniciativa.
O site da Plataforma Vidro + acrescenta que o objectivo é “potenciar a circularidade deste material de embalagem, num circuito fechado”, e pretende “alcançar um compromisso de toda a cadeia de valor; superar as metas da reciclagem; reduzir a pegada carbónica; promover uma comunicação mais coordenada, informada e eficiente; estimular o desenvolvimento de soluções conjuntas, colaborativas e mais resilientes.
A plataforma, que conta com o Federação Europeia do Vidro de Embalagem, visa ainda dar resposta a vários desafios, entre os quais: “prevenir ou reduzir o impacto das embalagens de vidro e dos seus resíduos no ambiente; garantir o funcionamento do mercado interno, com um equilíbrio nas vertentes económica e ambiental; dar especial enfoque nas recolhas de vidro do canal HORECA; captar o potencial de vidro ainda existente nos Sistemas de Gestão de Resíduos Urbanos, associado aos lares dos consumidores; promover actividades de sensibilização e educação; e maximizar a incorporação de vidro reciclado na produção de novas embalagens”.