O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) assinalou 42 freguesias com risco elevado de incêndio e que são prioritárias para acções de limpeza, das quais 34 situam-se nos concelhos do distrito de Leiria e oito são no concelho de Ourém. Constata-se uma redução de 11 localidades face a 2019.
A decisão de retirar São Mamede das freguesias prioritárias já levou o presidente da Câmara da Batalha a reagir. Paulo Batista Santos considera “incompreensível” que esta freguesia não figure na lista das prioritárias para efeitos de fiscalização da gestão de combustível, à semelhança do que sucedeu em anos anteriores.
“Esta decisão prejudica a estratégia de prevenção e revela a mais completa incompetência dos responsáveis regionais do ICNF. Ainda há poucas semanas os mesmos técnicos, a par das demais entidades de protecção civil, identificavam como prioritária a marcação da rede primária de gestão de combustíveis, nas freguesias do Reguengo do Fetal e São Mamede, até porque são zonas de fronteira com o Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros”, salienta o autarca.
[LER_MAIS]Paulo Batista Santos revela que irá “sensibilizar os governantes com responsabilidades neste domínio, para que possam definir acções prioritárias a cumprir pelo ICNF, entidade a quem compete a execução da Rede Primária nos terrenos baldios na freguesia de São Mamede, até porque estes procedimentos têm sido apoiados por fundos comunitários no âmbito do PRODER, PDR 2020 e Fundo Florestal Permanente”.
Este ano, as três freguesias de Pedrógão Grande já aparecem como prioritárias, assim como a União de Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral, e Aguda e Campelo, em Figueiró dos Vinhos.
Os incêndios de 2017 devastaram uma grande área de floresta, pelo que não existia combustível suficiente para voltar a arder em 2018 e 2019. É por isso que o concelho da Marinha Grande, cuja mata nacional ainda recupera do grande fogo, não figura entre as zonas prioritárias.
O despacho do Governo define ainda os prazos para a realização das acções de fiscalização que devem incidir sobre as áreas prioritárias, deixando de existir este ano os dois níveis de intervenção.
O JORNAL DE LEIRIA tentou saber junto do ICNF as razões pelas quais aquelas freguesias deixaram de ser prioritárias, mas não obteve resposta até ao fecho da edição.
Gestão de combustível até 15 de Março