O atleta do Núcleo do Desporto Amador de Pombal, Miguel Diz, chegou aos oitavos-de-final no Campeonato do Mundo de Karaté, que está a decorrer no Dubai.
A disputar a categoria -75 kg, Miguel Diz iniciou a sua particiação logo no primeiro dia da prova. Venceu o primeiro combate contra um atleta do Quirguistão, passando à fase seguinte, levando a melhor sobre o adversário da Geórgia. O karateca acabou derrotado nos oitavos-de-final contra o atleta do Cazaquistão.
Esta foi a estreia de Miguel Diz num campeonato do mundo sénior, de forma individual, na categoria Kumite (combate) -75Kg. O atleta já tinha representado Portugal nos dois campeonatos do mundo sénior prévios ( Linz, Austria 2016, e Madrid, Espanha 2018) na categoria Kumite (combate) por equipa. Nos escalões de formação já tinha participado em três campeonatos do mundo.
“Sendo o meu primeiro campeonato do mundo sénior a participar de forma individual, sinto que foi uma prestação positiva. No entanto, fica a ambição e a vontade de em próximas provas chegar mais longe”, adianta Miguel Diz ao JORNAL DE LEIRIA.
Apesar de ser a sua estreia, o atleta confessa que o nervosismo e ansiedade é sentido só “na manhã do dia de competição e nos instantes antes de entrar no Tatami”. “Depois de entrarmos tudo passa. Também um pouco fruto da experiência de já ter participado em diversos campeonatos da Europa e do mundo esse nervosismo consegue ser melhor controlado”, acrescenta.
O atleta de Pombal confessa que o objectivo é “sempre ganhar”, mas tem “noção da diferença de realidades entre a maioria dos atletas, que são profissionais”, e a sua realidade, “atleta amador”.
“Portanto, a minha expectativa era conseguir superar-me e penso que o fiz”, afirma o atleta, estudante do 6.º ano do curso de Medicina, na Universidade Nova de Lisboa.
Aos 24 anos, Miguel Diz considera que a “maior dificuldade” ou “assimetria” que sentiu no campeonato “acaba por ser na preparação duma prova destas”.
“A maioria dos atletas de topo realiza perto de uma prova do circuito mundial por mês e a minha realidade é bastante diferente”, constata.