O Ministério da Cultura emitiu uma nota de pesar pelo falecimento do artista plástico formado em Artes Plásticas pela Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, Jorge Santos (1974-2022).
O artista morreu na noite de 24 para 25 de Março, em Lisboa, onde habitava. Na nota, a ministra da Cultura, Graça Fonseca, refere que o pintor que também praticava fotografia, vídeo e gravura foi um dos mais talentosos artistas da sua geração, com uma abordagem multidisciplinar.
Natural de Silves, o seu trabalho foi apresentado tanto em Portugal como no estrangeiro, estando representado em diversas coleções privadas internacionais e nacionais, como as da Fundação Calouste Gulbenkian, da Fundação PLMJ, da Fundação Carmona e Costa ou do MAAT.
O Ministério da Cultura sublinha que Jorge Santos “desenvolveu uma obra profundamente atenta ao valor de luz dos objectos e, sobretudo, da expressão da natureza e da sua permanente transformação e mudança, na relação com a luz e a sombra.
Em todas as dimensões de reconhecimento sobre as identidades do dia e da noite, a sua obra definiu uma visualidade de expressão cósmica, com recurso a fortes contrastes cromáticos, reequilibrando uma poética do desenho transformado em pintura e esta, no rigor da sua margem gráfica.
Silhuetas de árvores, o perfil da folhagem, os limites do contorno, o fluir da natureza, mas também as relações de influência e contágio entre o exterior natural e o interior da arquitetura desenhada pelo ser humano, entre janelas, cortinas, estores, movimentos, gestos e olhares, tudo isto faz parte do trabalho artístico de Jorge Santos e do universo tão próprio e imediatamente identificável que as suas obras apresentam.”