O Ministério de Educação (ME) vai voltar a reduzir o número de turmas de início de ciclo financiadas nas escolas com contrato de associação.
De acordo com o documento de vagas a concurso para o ano 2017/18, divulgado na terça-feira na página da Direcção- Geral da Administração Escolar, os colégios da região de Leiria vão perder financiamento para 30 novas turmas dos 7.º e 10.º anos.
No ano lectivo de 2016/17, o ME financiou 80 turmas com contratos de associação no distrito de Leiria e na cidade de Fátima, concelho de Ourém, sendo 55 do 7.º ano e 25 do 10.º ano. Para o próximo ano escolar, a tutela compromete-se a financiar um máximo de 37 novas turmas do 7.º ano e 13 do início do secundário.
Segundo explicou fonte do ME ao JORNAL DE LEIRIA, “tal como no ano passado, para determinar quer as áreas da carência quer o número de turmas a concurso (financiadas), o Ministério da Educação desenvolveu um estudo de rede de preparação do próximo ano lectivo, do qual decorre que, para o ano lectivo de 2017/2018, a necessidade de financiamento de turmas ao abrigo de contratos de associação diminui em 268 turmas [números nacionais] face ao ano lectivo de 2016/2017”.
Manuel Bento, director do Centro de Estudos de Fátima e porta-voz do Movimento da Escola Ponto, considera os cortes “uma brutalidade” e uma “insensibilidade” da parte da secretária de Estado da Educação, Alexandra Leitão.
“A senhora secretária de Estado não entende que as crianças não são números e que as escolas e os pais devem ser respeitados. Fátima tinha 12 turmas, este ano vamos ter seis. Com a dinâmica que a cidade tem, com muitas pessoas de fora a trabalhar cá, não sei como vão fazer com as crianças. Disse que as vagas foram atribuídas de acordo com um estudo feito com a rede, o que estranho, porque esse estudo não foi dado a conhecer aos parceiros”, sublinha Manuel Bento.
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