O Ministério Público de Leiria deduziu a acusação contra 16 pessoas, imputando a cada um deles a prática de um crime de tráfico de estupefacientes, sendo que três dos arguidos foram ainda acusados pelos crimes de condução de veículo sem habilitação legal.
De acordo com o despacho de acusação publicado na página do Ministério Público de Leiria, dois dos 16 arguidos foram ainda acusados, cada um deles, do crime de detenção de arma proibida.
A quatro arguidos imputou-se também a prática de contraordenações.
Segundo o MP, pelo menos desde 2013 e “com maior intensidade nos anos de 2016 e 2017, os arguidos dedicaram-se à venda de produto estupefaciente – haxixe, heroína e cocaína – na cidade de Leiria, na área das suas residências (nomeadamente no Bairro Social da Cova das Faias), estabelecendo os contactos necessários ao desenvolvimento daquela atividade, maioritariamente através de encontros presenciais”.
Tais actos eram precedidos de contactos telefónicos, com vista a combinar as quantidades e local da entrega do produto, “utilizando para o efeito uma linguagem de código”.
O MP salientou que foram efectuadas buscas domiciliárias e a veículos e revistas pessoais aos arguidos, tendo sido apreendidos diversos bens, designadamente “produto estupefaciente (haxixe, heroína e cocaína), várias importâncias monetárias, telemóveis, tablets, computadores portáteis, armas e munições”.
Durante a investigação foram ainda “intercetados diversos consumidores que estavam na posse de estupefaciente adquirido aos arguidos”.
Na sequência de interrogatório judicial foi determinado que três dos arguidos aguardassem julgamento sujeitos à medida de coação de prisão preventiva.
A outros dois arguidos foi imposto que a medida de coacção de obrigação de permanência na habitação sujeita a vigilância por meios eletrónicos.
A investigação foi realizada sob direcção do Ministério Público do Departamento de Investigação e Acção Penal de Leiria, com a coadjuvação da Esquadra de Investigação Criminal da PSP desta cidade.