O Museu Municipal de Porto de Mós está, há meses, de portas fechadas ao público e assim vai continuar. No futuro, o edifício irá acolher serviços camarários, enquanto o espólio, que está a ser tratado e inventariado, passará a integrar exposições permanentes e temporárias na Central das Artes e noutros espaços da autarquia e não só.
Eduardo Amaral, vereador da Cultura, explica que, neste momento, decorrem trabalhos de conservação e tratamento do espólio do museu, bem com “a inserção das peças no sistema de cadastro e registo” do município. Segundo o vereador, parte dessa intervenção está a ser efectuada num dos espaços de laboratório da Central das Artes, inaugurada há quase um ano.
“O museu tem milhares de peças que queremos salvaguardar e valorizar”, diz Eduardo Amaral, adiantando que o objectivo passa por dar uma nova dinâmica ao espólio. Depois do trabalho de conservação em curso, as peças “ficarão disponíveis” para integrar exposições, que não se cingirão à área do município.
Segundo o vereador, as peças “poderão ser requisitadas por entidades que as queiram utilizar em exposições temporárias”. A partir do espólio, serão também criadas mostras a exibir na Central das Artes, um equipamento inicialmente pensado para museu municipal, cujo programa de candidatura acabou por ser mais amplo – espaço cultural -, sem especificar a valência museológica.4
Em relação ao futuro do edifício do museu, Eduardo Amaral adianta que o espaço será integrado na estratégia de “ampliação dos serviços do município”, com obras de reabilitação e adaptação para “áreas de atendimento ao cidadão”.
Também nesse âmbito, estão previstas para “breve” obras no Edifício dos Gorjões, onde funcionam os serviços de Educação e Acção Social da autarquia, bem como o Gabinete de Inserção Profissional e o salão nobre do município.
Segundo o presidente da câmara, Jorge Vala, a intervenção custará cerca de 150 mil euros e contempla a requalificação dos gabinetes e das áreas de atendimento ao público, assim como a criação de uma plataforma elevatória nas traseiras do edifício para acesso a pessoas com mobilidade reduzida.
No âmbito desta empreitada, que ainda não começou, os serviços que estavam no Edifício dos Gorjões foram transferidos, provisoriamente, para a Central das Artes.