O Museu e Centro de Artes (MCA) de Figueiró dos Vinhos, no âmbito das comemorações do seu 10.º aniversário, apresenta, hoje, dia 25 de Junho, pelas 15:30 horas, a exposição Paisagens Povoadas, com forte destaque para a escola do naturalismo e ao chamado Grupo do Leão, apresentando 18 obras de José Malhoa, Alfredo Keil, Artur Loureiro, Silva Porto, António Ramalho, João Vaz, João Marques de Oliveira, D. Carlos de Bragança e Luciano Freire, entre outros.
A exposição “Paisagens povoadas” tem curadoria de Maria de Aires Silveira, conservadora no Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, e fica patente entre 25 de Junho e 8 de Outubro.
As peças foram cedidas por instituições como o Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Sociedade Nacional de Belas Artes, Novo Banco Cultura, Aquazul e coleccionadores particulares, explicou à agência Lusa a vereadora da Cultura de Figueiró dos Vinhos, Marta Brás.
À agência Lusa a vereadora da Cultura de Figueiró dos Vinhos, Marta Brás, recorda que, quando o Museu e o Centro de Artes foi construído e inaugurado em 2013, se entendeu que faria sentido reavivar memórias, reinventar aquilo que foram as maiores obras de José Malhoa.
Através do MCA, o município deu “destaque à vivência de José Malhoa em Figueiró dos Vinhos, àquilo que José Malhoa viu em Figueiró e que o fez ficar e viver cá e construir cá a sua casa”, o Casulo de Malhoa, reabilitado no contexto do projeto museológico.
Recordando também o pintor Manuel Henrique Pinto e os escultores Simões de Almeida, tio e sobrinho, igualmente ligados ao concelho, o MCA tem desenvolvido exposições associadas ao naturalismo para “reavivar e ter aqui uma nova visão, mais contemporânea eventualmente, daquilo que todos estes artistas viram e vivenciaram em Figueiró dos Vinhos”.
Dez anos depois, o MCA é já um pólo de atracção à vila, entende a vereadora.
“A questão do turismo cultural, aliado ao turismo natureza, tem realmente proporcionado um aumento de visitantes a Figueiró dos Vinhos e o MCA é prova disso mesmo”, diz a vereadora, que lembra a criação de uma rota urbana de 25 pontos relacionados com os dois pintores do Grupo de Leão com obra em Figueiró dos Vinhos, Malhoa e Henrique Pinto, e o festival Fazunchar, que anualmente acrescenta ao espólio de arte pública obras inspiradas na história local.
“Temos sido realmente uma opção de visita muito interessante, o que nos deixa satisfeitos e nos leva a manter e a evoluir no sentido de continuarmos este caminho que delineámos há dez anos”.
Segundo números do município, desde a abertura em 2013 até ao presente, o MCA recebeu 34.604 visitantes.
“Temos sempre realmente muitos visitantes”, diz Marta Brás, avançando que a ambição passa agora pela integração na Rede Portuguesa de Museus (RPM).
O processo está em desenvolvimento com a Direcção Regional de Cultura do Centro, procurando-se, com a entrada na RPM, condições para “outro tipo de parcerias com muitos outros museus, além daqueles com que já trabalhamos”.