A escolha do local não foi um acaso. Narciso Mota voltou ao auditório da Caixa Agrícola de Pombal, onde em Maio do ano passado revelou a sua intenção de concorrer à Câmara, para fazer a apresentação oficial da sua candidatura à liderança do município, como independente, depois de já ter pedido, formalmente, a desfiliação do PSD, partido pelo qual foi eleito presidente durante cinco mandatos.
Perante um auditório cheio, com a presença de vários actuais e antigos autarcas, não só do PSD mas também de outros partidos, o agora candidato prometeu uma campanha de “afectos”, num discurso onde as palavras “humano” e “humanismo” estiveram em destaque, ou não tivesse escolhido como lema da candidatura Narciso Mota: Pombal humano.
Sublinhando que está “habituado a tomar grandes decisões, quando elas são necessárias” e a liderar equipas “onde a liberdade de expressão e opinião são a rotina e não a excepção”, Narciso Mota explicou que um dos motivos que o fez avançar com a candidatura prende-se com os “desabafos” que ouviu de que “o tratamento afável que a Câmara teve durante 20 anos já não estava a acontecer”.
Na sequência do anúncio da candidatura de Narciso Mota, o PSD de Pombal emitiu um comunicado, onde acusa o antigo presidente da câmara de estar “traindo as pessoas que sempre o apoiaram de forma leal” e de ter rompido com o partido por “motivações pessoais”.
No documento, assinado por membros da Mesa da Assembleia e da Comissão Política de Secção, Narciso Mota é criticado por “como justificação e motivação da sua decisão” ter referido “apenas interesses pessoais”.
Como exemplo dessas motivações é apontada “uma posição de revanche contra o actual presidente da câmara, a falta de satisfação de interesses no emprego a seus familiares, a reacção à demolição do quiosque (mamarracho), que ele tinha mandado construir no centro do Largo do Cardal e a demissão da ex-directora da ETAP, por si nomeada”.
Leia mais na edição impressa ou torne-se assinante para aceder à versão digital integral deste artigo