Salvador Formiga, vereador do Turismo na Câmara Municipal da Nazaré, propôs ao executivo que seja aplicada uma taxa turística no concelho, à imagem do que acontece noutros territórios do País, com grande dinâmica e elevado número de visitantes.
O vereador sublinhou que o concelho de 15 mil residentes recebe anualmente centenas de milhares de turistas. Este fluxo “é fundamental”, reconheceu, mas tem uma “carga significativa” sobre as infra -estruturas, os serviços públicos, o ambiente, que são suportados por recursos locais e pela população da Nazaré.
O objectivo é que as receitas obtidas através desta taxa sejam canalizadas para iniciativas que reforcem a capacidade de resposta da Nazaré aos impactos do turismo. Que seja encontrado “equilíbrio” e calendarizadas verbas para cultura, ambiente, infra-estruturas e serviços. O socialista exemplificou, como investimentos a realizar, iniciar os procedimentos para alavancar uma cooperativa de habitação na Nazaré, para construir um empreendimento na Pederneira, junto ao Caminho Real, numa área de 30 mil metros quadrados, que permita construir mais de 100 fogos.
Falou ainda sobre apostas na mobilidade, no apoio a eventos culturais e tradições, programas de sustentabilidade ambiental. A criação do cartão de munícipe, para beneficiar quem vive e trabalha na Nazaré seria outra forma de minimizar os impactos negativos do turismo, propôs ainda.
A ideia, referiu, é que a iniciativa e os valores da taxa venham a ser discutidos numa outra reunião. O vereador João Paulo Delgado recordou que, em vários momentos, a CDU propôs cooperativas de habitação e o cartão de munícipe, sugestões que não tiveram sequência.