A Nerlei foi convidada para ser uma das primeiras entidades a desenvolver o projecto piloto de implementação de uma Incubadora Social de Emprego, em parceria com o Instituto Emprego e Formação Profissional (IEFP). O projecto está no terreno desde o início de 2022.
As Incubadoras Sociais de Emprego (inspiradas nas “Lanzaderas de Empleo”, iniciativa com grande sucesso na integração dos desempregados em Espanha) são um programa de orientação profissional gratuito, explica a Nerlei.
Este programa assenta na constituição de equipas de desempregados, organizadas e orientadas por um mentor, para a procura activa de emprego em grupo, com base numa metodologia colaborativa, que concilia técnicas de procura de emprego, ajustadas às dinâmicas do mercado laboral, com uma componente de aconselhamento técnico.
São destinatários das Incubadoras Sociais de Emprego os desempregados inscritos nos serviços de emprego com idade igual ou superior a 23 anos; ou com idade inferior desde que possuam o nível 4 ou superior do Quadro Nacional de Qualificações, sejam jovens NEET (não estudam, não trabalham), ou estejam em situação de particular desfavorecimento ou afastamento prolongado do mercado de trabalho, explica a associação.
É um programa voluntário, com a atribuição de apoios monetários (subsídio de transporte e subsídio de alimentação), desenvolvido em regime misto (presencial e à distância), durante um período máximo de cinco meses.
“Na prática, trata-se de um novo apoio na procura de emprego, que pretende mudar a forma como os desempregados abordam o mercado de trabalho, dando-lhes a conhecer ferramentas que lhes proporcionem melhor conhecimento das tendências actuais da procura de emprego; ensinando-lhes novas técnicas e estratégias flexíveis de abordagem ao mercado de trabalho e reforçando as suas competências transversais e digitais, com vista ao reforço da sua empregabilidade”.
“Este é mais um dos vários projetos que a Nerlei dinamiza na área da qualificação e emprego das pessoas, como forma de reforçar as competências dos recursos humanos da região e a sua articulação com as necessidades das empresas, contribuindo dessa forma para uma maior competitividade empresarial e reforço do desenvolvimento regional”, destaca a associação.