Depois de ter percorrido a Freguesia da Moita com Lara Lino e de ambas as vereadoras da CDU se terem reunido com o presidente da junta, Franklin Ventura, Alexandra Dengucho expôs na última reunião da Câmara da Marinha Grande um conjunto de problemas, para os quais disse já ter alertado no anterior mandato, liderado pelo PS.
Entre outras situações, criticou o facto de várias ruas da localidade, em “mau estado” e “com buracos”, parecerem “picadas de África”, quando algumas delas servem empresas e são um cartão de visita “vergonhoso”.
Lamentou que no Brejo de Água [LER_MAIS]não haja água potável; que a EB1 não tenha telheiro para abrigar as crianças; que nos parques infantis os brinquedos tenham “fendas enormes”; que haja passeios “inexistentes e inacabados”; que o jardim da habitação social seja “mato”; que haja “esgotos a céu aberto a transbordar para a estrada nacional”; que se verifiquem “complicações na aprovação de projectos” e que nada fosse feito no Balcão SNS 24.
As pequenas intervenções poderiam ser realizadas pela junta, “se o presidente de câmara se dignasse a receber o presidente de junta”, acertando com ele um conjunto de serviços que poderia levar por diante, desde que acompanhado do “necessário pacote financeiro”, propôs.
“Por que é que o senhor presidente e os quatro vereadores com pelouros viraram as costas à Moita?”, indagou.
A autarca questionou ainda por que razão foi cortado o apoio de 700 euros para que a junta proceda à limpeza da zona envolvente da extensão do Centro de Saúde (verba que até à transferência de competências da saúde para o município era paga pela Administração Central), “quando há ajustes directos de talk shows de amigos que nos custam 55 mil euros”.
Alexandra Dengucho propôs que se faça um plano estratégico de intervenção na Moita, a discutir com o presidente de junta e com a população.
António Fragoso afirmou que os vereadores do PS estão a trabalhar com o presidente da junta e já fizeram algumas intervenções, “sabendo que podemos e temos de fazer muito mais”.
Ana Laura Baridó (PS) disse que nunca virou as costas a nenhuma freguesia e informou que o Balcão SNS 24 não está parado e foi aprovado pela ARS Centro e pelo Ministério da Saúde.
Quanto à transferência de 700 euros, que foi analisada pelos serviços jurídicos, será feita.
A Moita continua na agenda, assegurou o presidente, Aurélio Ferreira (+MpM). Já o vereador João Brito, do mesmo movimento, lembrou que também ele fez o levantamento dos problemas da Moita, há nove meses, com o presidente de junta, mas que constrangimentos com mais de 20 anos carecem de mais tempo para serem resolvido