As redes sociais encheram-se na terça-feira de vídeos, fotografias e relatos do arrojamento de um grupo de golfinhos, na Praia do Pedrógão, que teriam ficado presos nas redes dos pescadores.
Nos comentários, alguns acusavam os pescadores por falta de cuidado e por pescarem demasiado longe da costa, onde os grupos de golfinhos são frequentes, outros elogiavam o modo como se tentou salvar os animais.
O chefe Caetano da Capitania da Nazaré explica que, de acordo com o que foi relatado à patrulha Polícia Marítima que se deslocou ao local, a companha de arte xávega (tripulação da embarcação) começou a recolher as redes para o regressar a terra, quando percebeu que cinco golfinhos estavam presos nelas.
Ver vídeo publicado no grupo Leiria, no Facebook
“Os pescadores cortaram as redes e encaminharam os animais de volta para o mar. Porém, passado algum tempo, um deles deu à costa”, conta o elemento da força de segurança, adiantando que foi o próprio mestre da embarcação quem ligou para o Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (CRAM) a solicitar ajuda.
O golfinho acabou por não resistir e morreu.
[LER_MAIS]O chefe refere ainda que os populares e os nadadores-salvadores, presentes na praia, tentaram ajudar os animais a encontrar o caminho para águas abertas.
O agente explica ainda que este tipo de incidentes acontece algumas vezes por ano, mas é raro, até porque as redes de pesca, por lei, são obrigadas a estar equipadas com dispositivos, fornecidos pelo CRAM, que afastam os golfinhos. “
Os pescadores são pessoas informadas e têm uma cultura de salvamento de golfinhos. Demonstram muito cuidado com estes animais”, assegura o comandante da Capitania da Nazaré.
O capitão-de-fragata José António Zeferino Henriques elogia ainda a tentativa dos populares e nadadores-salvadores de auxiliar os golfinhos.