O monumento evocativo do levantamento dos operários vidreiros em 18 de Janeiro de 1934, que relembra as dificuldades passadas por esta classe operária, da autoria do mestre Joaquim Correia, vai deixar de estar localizado no centro da Rotunda do Vidreiro, na Marinha Grande, para ser transferido para uma zona próxima, no passeio em forma de meia-lua que rodeia o Parque Mártires do Colonialismo.
A mudança já tinha sido aprovada em reunião de câmara, ainda durante o mandato de Cidália Ferreira, mas, por falta de consenso entre os vereadores, voltou a ser discutida esta semana, durante a última reunião do executivo, agora liderado por Aurélio Ferreira. A decisão final foi tomada com a aprovação da maioria e a oposição das vereadoras da CDU.
Em causa está um conjunto escultórico composto por dois blocos de pedra. Um deles alberga a estátua de um operário vidreiro armado e outro ostenta um baixo-relevo que representa operários a trabalhar o vidro. Trata-te de uma obra da autoria do escultor marinhense Joaquim Correia[LER_MAIS], inaugurada no 50.º aniversário da revolta.
O monumento foi retirado da rotunda, para ser requalificado e para que parte dele seja passado a bronze. As vereadoras da CDU entendem que o monumento deve ser mantido na rotunda, que consideram ser o local “mais nobre”, pode até ser beneficiado com melhor iluminação.
Mas os restantes membros do executivo realçam que o monumento deve ser transferido para o passeio em forma de meia-lua, para melhor poder ser admirado pelos turistas, alunos e restante comunidade, como era o desejo do próprio escultor.
Aurélio Ferreira explicou que a empresa que está trabalhar o monumento se depara actualmente com falta de bronze. Nesse sentido, o presidente da autarquia estabelece como limite para a entrega e recolocação das peças o dia 31 de Dezembro, ou no máximo, o dia 17 de Janeiro de 2022, na expectativa de que este se encontre pronto e relocalizado no dia seguinte.