“Atraído pelo convite do seu antigo mestre José Simões de Almeida Júnior (tio), José Vital Malhoa chegou a Figueiró dos Vinhos por volta de 1883” – pode ler-se no site do Município – “e encantou-se pelos horizontes longínquos, as serranias, a cor dos campos e costumes, descobriu modelos para as suas pinturas e motivos para o seu projecto artístico”.
Em Figueiró dos Vinhos, o pintor nascido em Caldas da Rainha mandou construir a casa, que seria também ateliê de trabalho, hoje conhecida como “Casulo” – onde viria a falecer, com 78 anos, a 26 de Outubro de 1933.
Para assinalar os 90 anos da morte de José Malhoa, é inaugurada esta sexta-feira, 27 de Outubro, pelas 16 horas, uma nova exposição no Museu e Centro de Artes de Figueiró dos Vinhos.
Com o título José Malhoa e Figueiró dos Vinhos, poderá ser visitada de sábado a quinta-feira, no período das 9 às 13 horas e entre as 14 e as 17 horas.
José Malhoa e Figueiró dos Vinhos reúne obras de José Malhoa, Silva Porto, António Ramalho, João Vaz e D. Carlos de Bragança, entre outros.
“Como um dos fundadores do Grupo do Leão, ligou-se ao movimento Naturalista gerado então em redor de Silva Porto”, explica Rui Afonso Santos num texto disponível no site do Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado.
“As suas pinturas de género, espécie de “odisseia rústica nacional” como as considerou Fialho, na sua fixação tipológica de costumes e hábitos campesinos, reconstituem o imaginário mental ruralista do Portugal Monárquico e Republicano. Apreciado por ambos os regimes como autor por excelência de um certo “portuguesismo” desprovido de convicções ideológicas, de um costumismo ensolarado e paganizante, que episódicas cenas de costumes urbanos pintadas desde os anos 20 não contaminaram, Malhoa converteu-se no mais popular dos pintores portugueses, reputação que ainda hoje mantém”, refere.