A construção da nova sede da Misericórdia de Fátima-Ourém, que inclui uma estrutura residencial para idosos (ERPI), teve início, este sábado, com a colocação da primeira pedra. Em causa está um investimento de quatro milhões de euros (ME), que concretizará um sonho com 18 anos, tantos quantos tem a instituição.
“Esta obra é absolutamente fundamental para o concelho e para a região”, afirmou Fernanda Rosa, provedora da misericórdia, que sublinhou a dificuldade em avançar com o investimento, inicialmente previsto para três milhões, no contexto actual de subida de preços. “A conjuntura é desfavorável, mas isso não nos demove. Sabemos que estamos no bom caminho e que dentro de dois anos estaremos aqui para celebrar mais uma etapa, coma inauguração”, disse a provedora daquela que é a “mais jovem” misericórdia do País.
As futuras instalações, a edificar na localidade de Moimento, terão capacidade para acolher 50 utentes na valência de lar e irão alojar as restantes valências da instituição, com excepção do centro de dia para doentes de Alzheimer. “Esta estrutura fará a diferença aqui em Fátima”, defendeu Renato Bento, director do Centro Distrital de Segurança Social de Santarém, frisando que, face ao envelhecimento da população, a ERPI “é uma resposta âncora de qualquer instituição do sector social”.
Por seu lado, o presidente da Câmara de Ourém, Luís Albuquerque, considerou o início da obra “um dia histórico”, que era “ambicionado há muitos anos”, recordando que, desde a sua fundação, a instituição tinha como objectivo construir instalações “próprias e mais adequadas” ao serviço que presta.
O autarca destacou também os investimentos em curso no concelho, levados a cabo por IPSS na área da terceira idade, com 11 projectos, e da infância, onde se incluem sete creches, “todos” eles com apoio do município, que entra com 50% do valor elegível não comparticipado até ao limite de 250 mil euros. “É um enorme esforço, mas apropriado para dotar todas estas instituições de melhores meios para melhor poderem servir os utentes e desenvolver as suas actividades”, disse Luís Albuquerque.