O fogo que deflagrou ontem à tarde em Pedrógão Grande, mantém quatro frentes activas de grande intensidade. A informação foi avançada pelo secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, num "briefing" realizado às 7:30 horas em Pedrógão Grande.
Durante o encontro, foi ainda revelado que o número de vítimas mortais chega já às 43, havendo 59 feridos, e, destes, cinco – quatro bombeiros e uma criança – estão em estado grave. Admite-se que famílias inteiras tenham sido sucumbido às chamas e à inalação de fumo. As buscas continuam nas zonas afectadas ontem pelo fogo.
Trovoada seca e eucalipto estão entre os possíveis "culpados" da tragédia de Pedrógão Grande, factores a que se juntaram o calor e baixa humidade sentidos ontem e que hoje se vão manter. De notar a rapidíssima propagação das chamas em várias e extensas frentes, quase em simultâneo.
“A PJ, em perfeita articulação com a GNR, conseguiu determinar a origem do incêndio e tudo aponta muito claramente para que sejam causas naturais. Inclusivamente encontrámos a árvore que foi atingida por um raio", disse, esta manhã, o director nacional da Judiciária, Almeida Rodrigues.
Há ainda localidades ameaçadas pelo fogo, depois de uma noite em que a população e os bombeiros combateram este incêndio que conta com quatro frentes activas.
Além do reforço de operacionais dos bombeiros no terreno, aos concelhos do norte do distrito chegaram de manhã cedo dois aviões espanhóis para ajudar no combate ao fogo.
Em Leiria e em toda a região, é possível assistir à queda de cinza e notar o cheiro a queimado, provenientes deste incêndio.
Com Lusa.