Organizações são grupos sociais com fins e/ou sem fins lucrativos; “empresas”, bem como outras denominações, vulgo “instituições”. Mas, sejam lá o que forem, as organizações, todas elas, o que mais valorizam (qual vaca sagrada) é o crédito. E, por amor a este desiderato as gerências colocam-se literalmente nas mãos de entidades terceiras, sendo que os objectivos destas está na criação de mecanismos em ordem a fazer transferir resultados “lucros” das primeiras para a esfera das segundas (supostos parceiros).
No passado a questão “organizações” tinha em vista a ética, ou seja todos deveriam ganhar. Aliás a coisa até era vista por um prisma muito mais lato. “A confiança” deveria ser comum de dois. E, havendo confiança tudo decorria em ordem a uma coisa tão simples quanto fosse a efectiva “sustentabilidade” entre partes.
Contudo, com o tempo tudo se alterou nos tempos que correm, queimam-se horas e horas levando a termo estudos e demais análises, dando mesmo lugar a mestrados e doutoramentos, tomando por base “n” variáveis na convicção de que ainda está por encontrar a árvore das patacas à qual se poderá recorrer de modo expedito com vista a colmatar brechas, provocadas na maioria da vezes, por atípicos actos de gestão os quais nunca geraram, nem gerarão “lucros” em ordem à dita sustentabilidade das organizações de modo a que estas em tempo satisfaçam os compromissos assumidos.
Dir-se-á até que muitos modelos de gestão teimam em assentar o desenvolvimento das actividades no capital alheio. (coisa fungível). Porém, temos duas outras variáveis muito mais seguras, e mais lucrativas (não monetárias) mas muito mais de gerir tais como; a confiança, repito-me, a confiança que por seu turno confere maior sustentabilidade, como seja o “Capital Social Organizacional”.
Dito tudo isto, e tudo isto não é tudo, facilmente se perceberá que o que mantém as organizações vivas é a confiança ancorada no capital social organizacional. Com efeito, as pessoas, a confiança, o objectivos, e a esperança de que o futuro é sempre mais promissor do que os tempos passados. E repito-me o que mantém as organizações vivas são pressupostos tão simples como a confiança que, por inteiro cabe no capital social organizacional.
Com efeito, abrir as mentes ao futuro por via de formação comportamental. Convém ainda dizer que este constructo “confiança” foi abordado pela primeira vez no século XIII d.C., cujas raízes etimológicas denotavam felicidade e lealdade. Porém, a confiança é tão antiga quanto as formas de associação humana. Aliás Confúcio (551-479 a.C.) já considerava a confiança como uma précondição e base para todas as reações sociais, válidas. Sem confiança, poderemos ter e temos todo tempo, mas não temos futuro.
*Licenciado em Psicologia