A apresentação de La Serva Padrona, com música de Giovanni Battista Pergolesi e libreto de Antonio Federico Gennaro, abre a programação do Festival de Ópera de Óbidos, que se realiza de 8 a 17 de Setembro.
Inactivo nos últimos anos, o Festival de Ópera de Óbidos ressurge em 2023 graças a uma parceria entre o Município de Óbidos e a ABA – Banda de Alcobaça, associação também responsável pela organização dos festivais Cistermúsica e Gravíssimo.
“Pretende-se, assim, dar uma nova vida a um festival que marcou toda uma geração de profissionais e melómanos, assumindo os parceiros, desde logo, uma forte vontade de promover um crescimento sustentável do festival que lhe permita integrar o circuito internacional da ópera”, lê-se no comunicado enviado à imprensa.
Estão anunciados três espectáculos (totalizando sete apresentações) e o programa encerra com a gala Mulheres: Da Paixão à Inocência – uma Dança com o Destino, que bebe em Rigoletto, de Giuseppe Verdi, La Traviatta, também de Giuseppe Verdi, e Carmen, de Georges Bizet, entre outras obras.
No regresso ao encontro com o público, o Festival de Ópera de Óbidos “celebra a força, a expressão e a resiliência das mulheres”, lê-se no comunicado, através das óperas Don Giovanni (de W. A. Mozart), La Serva Padrona (de Pergolesi) e A Voz Humana (de F. Poulenc), em que sobressaem “personagens icónicas e desafiadoras” como Donna Anna, Donna Elvira e Zerlina (Don Giovanni), Serpina (La Serva Padrona) ou Elle (A Voz Humana).
“Serão interpretadas por alguns dos mais reputados intérpretes nacionais, entre os quais se contam Carla Caramujo, Rita Marques, Luís Rodrigues e José Corvelo, entre outros. Nos intérpretes internacionais, teremos o prazer de escutar Marília Zangrandi, Jeroboám Tejera e Christian Lujan”, anuncia a organização.
A encenação fica a cargo de Jorge Balça e Carlos Antunes e os figurinos são da autoria de Nuno Esteves (Blue) e Nuno Braz de Oliveira.
Os cantores serão acompanhados pelo Coro do Festival de Ópera de Óbidos, dirigido por Filipa Palhares, e pelas Orquestras La Nave Va e Filarmónica Portuguesa, dirigidas por António Carrilho e Bruno Borralhinho, respectivamente.
Com direcção artística de André Cunha Leal, o Festival de Ópera de Óbidos vai decorrer na Quinta das Janelas, cuja construção remonta ao século XVI, em Gaeiras, Óbidos.