Paradas há mais de dois anos, as obras de requalificação da antiga central termoeléctrica de Porto de Mós irão ser retomadas até ao Verão. O contrato de adjudicação da nova empreitada foi aprovado, na semana passada pelo executivo, faltando agora visto do Tribunal de Contas.
“A expectativa do Município é que possamos iniciar as obras ainda no decorrer deste semestre”, avança o presidente da Câmara, Jorge Vala, que aponta este como o “dossier mais complicado” que herdou do anterior executivo.
Quando tomou posse, em Outubro de 2017, o actual elenco camarário encontrou a obra parada e um processo negocial “difícil” com o empreiteiro ao qual tinha sido inicialmente entregue a obra, com vista à rescisão do contrato.
Sem acordo entre as partes, o processo seguiu para tribunal, onde, tal como o JORNAL DE LEIRIA já noticiou, a empresa visada reclama da Câmara uma indemnização de quase um milhão de euros, contestando a resolução do contrato.
A nova empreitada foi adjudicada à empresa António Saraiva & Filhos, com sede na Guarda, por 2,6 milhões. de euros e com um prazo de execução de quase dois anos.
[LER_MAIS] Segundo o presidente da Câmara, neste momento, está executado apenas 15% da obra, mas “não há o risco de o município perder os fundos comunitários” já aprovados. “No ano passado, pedimos uma reprogramação da candidatura. Contudo, o prazo não foi cumprido, devido às vicissitudes do processo, pelo que iremos solicitar uma nova calendarização. Temos a garantia de que o apoio comunitário [1,6 milhões de euros] se manterá”, assegura Jorge Vala.
O projecto de remodelação da antiga central prevê a sua reconversão num espaço cultural (museu e arquivo municipal). A primeira pedra da obra foi colocada em Outubro de 2016, mas, apenas foram executados trabalhos ao nível das fundações, demolição de interiores e de contenção.