O Conselho Regional de Coimbra homenageou os advogados que completaram, pelo menos, 35 anos de exercício da profissão.
A Medalha Comemorativa dos 35 Anos de Inscrição foi entregue a Albano Manuel Carreira, Gomes Fernandes, Gualter Santos, Joaquim Guardado e Jorge Duarte (Pombal), Ana Cristina Costa, Crespo dos Reis, Fernando Encarnação, Fernando Gomes, Hélder Gonçalves, João Barata Inácio, José Carlos Freitas Morna, José Figueiredo, José Pacheco, Magalhães de Carvalho, Mapril Bernardes, Margarida Urbano e Renato Lopes Militão (Leiria), Carlos Proença e João Mendes Morais (Alcobaça), Carlos Vieira Pedro, Gorete Maurício e Jerónimo Silva (Porto de Mós), David Primitivo, Júlio R Oliveira e Vítor Inácio Dias (Ourém), Fernando Machado e Gonçalves Francisco (Ansião), Isabel Seabra de Castro e Vítor Ferreira (Nazaré), Paula Teodósio (Marinha Grande).
Mapril Bernardes, que foi convidado a representar os colegas homenageados, lembrou a mudança “profunda” que a advocacia sofreu ao longo de 35 anos.
“Os advogados eram considerados e respeitados. Hoje, não se dão ao respeito e quando algo lhes não corre a contento, vêm para as redes sociais despejar veneno. O advogado não deve vergar, pelo contrário, deve afrontar os que o afrontem, mas com educação, elevação e lealdade”, afirmou o advogado na cerimónia, que decorreu na quinta-feira da semana passada.
O advogado defendeu ainda o “respeito dos juízes, bem como dos demais operadores judiciários” que lhes é “devido”. “Não podemos ser nós próprios a afastar-nos dele”, disse.
“Saibamos exercer as nossas funções com serenidade, dignidade, urbanidade e lealdade. Só com os advogados se realizará plenamente a ideia de um Estado de Direito. Ser advogado é difícil, mas é um prazer imenso lutar pela realização da Justiça. Os tempos modernos devem ser de grande preocupação, face ao que os poderes legislativo e executivo se propõem fazer às Ordens profissionais, sem distinguir a Ordem dos Advogados, que me parece não ser confundível, pelos seus fins, com as restantes”, realçou.
Mapril Bernardes alertou que a “independência no exercício da profissão estará em causa” e “têm vindo a ser os advogados a facilitar esse perigo”.
Os advogados devem pugnar-se “pela igualdade” e lamentou os tempos que se vivem de um “salve-se quem puder, que afecta profundamente a forma de exercício da advocacia” e a forma como são “olhados pelos cidadãos”.