Entre as obras que já estão em curso e as novas empreitadas a lançar, o Município de Ourém prevê que, até ao final do mandato, sejam investidos 12 milhões de euros na rede de saneamento concelho. O objectivo é que, dentro de dois anos, a taxa de cobertura possa chegar aos 57%.
O presidente da Câmara, Luís Albuquerque, reconhece que a meta “sabe a pouco”, mas frisa que, há dois anos, quando o actual executivo iniciou funções, a taxa era de 47%. “Nos últimos dez anos, houve diversos avisos para financiamento comunitário, mas por vicissitudes várias, avançou-se muito pouco. Estamos a tentar recuperar o atraso que temos, com a consciência de que são obras caras e incómodas, mas fundamentais”, afirmou o autarca, durante uma conferência de imprensa, onde apresentou o balanço dos primeiros dois anos de mandato, que se cumprem esta quinta-feira.
Entre o que já foi feito, Luís Albuquerque destacou, por exemplo, o investimento de 800 mil euros na requalificação de edifícios escolares, o equipamento de todas as salas do 1.º ciclo e do pré-escolar com computadores e quadros interactivos, o programa de apoio à natalidade, que já teve mais de 300 candidaturas aprovadas, e a requalificação das unidades de saúde de Sobral, Olival e Alburitel que se encontra em curso.
A revisão do PDM, cuja versão “definitiva” será aprovada na sessão de Assembleia Municipal de Fevereiro, a criação da startup de Ourém, inaugurada em Junho último e que já tem sete empresas instaladas, a redução da derrama e do IMI, o investimento de mais de um milhão de euros na requalificação da rede viária do concelho e o reforço das verbas para as Juntas de Freguesia foram outras das áreas referidas pelo presidente da Câmara.
“Em dois anos abatemos a dívida em cinco milhões de euros e investimos cerca de 14 milhões de euros, ou sejam, quase tanto como o anterior executivo fez entre 2015 e 2017, que foi 15 milhões”, afirmou Luís Albuquerque, que anunciou também algumas das obras que o executivo quer concretizar ainda neste mandato.
Além da construção do centro escolar da Carvoeira, obra de 1,6 milhões de euros já consignada, e do passadiço do Agroal, o presidente da Câmara aponta a requalificação da designada ‘estrada de Leiria’, da Avenida Papa João XXIII e da EN356 entre a rotunda do IC9 e a zona industrial de Ourém e a criação da ciclovia da Ortiga como obras a executar nos próximos dois anos.
Luís Albuquerque quer ainda projectar uma ligação “rápida” entre Ourém e Fátima, e, “se houver fundos comunitários”, avançar com a construção do fórum cultural no terminal rodoviário e com a requalificação do jardim de Le Pléssis Trevise, na cidade de Ourém.
Entretanto, o Município prepara-se para accionar as garantias bancárias relativas aos centros escolares de Ourém Nascente, Misericórdias e Freixianda, construídos pelo anterior executivo, mas que precisam já de requalificação. “São relativamente recentes, mas têm problemas estruturais, que precisam de intervenção”, alega Luís Albuquerque, adiantando que estão previstas trabalhos na ordem dos 330 mil euros.