Os pais de um aluno de 10 anos, do 5.º ano, da Escola Marquês de Pombal, do Agrupamento de Escolas de Pombal, acusam um professor de ter agredido o seu filho numa aula, na segunda-feira.
Segundo relatou a mãe, Paula Marques, o docente foi substituir um colega e quando chegou à sala disse aos alunos que não tinha nada para eles fazerem. “Imagino que deveria estar uma grande algazarra.” Um dos alunos perguntou se podia ir para o quadro “fazer rabiscos” e convidou o filho de Paula para o acompanhar.
“O professor foi directo ao meu filho e disse-lhe que ia limpar aquilo com a cabeça. Pegou-lhe na cabeça e esfregou-a no quadro. Depois empurrou-o e ele caiu”, relatou. O menino foi sentar-se, “pedindo desculpa ao professor”, que, de acordo com a mãe, começou a “empurrar a mesa contra a sua barriga e a dar murros”.
O docente terá voltado para ao seu lugar, mas pouco depois terá regressado ao lugar da criança e exaltado voltou a ter o mesmo comportamento. “Assustado, ele acabou por fazer chichi nas calças. Isto terminou quando uma funcionária ouviu o barulho e chamou a direcção. Foi aí que me telefonaram. O meu marido foi à escola buscar o filho e pediu para falar com o director de turma para perceber o que se tinha passado”, adiantou Paula Marques.
Como o titular da turma desconhecia o que se tinha passado, o pai sugeriu que falassem com o professor em causa. “Foi aí que ele apareceu muito exaltado e a dirigirse ao meu marido como se o quisesse agredir. O meu marido chamou a polícia.”
Esta mãe admite que se o docente “tivesse pedido desculpa e tido um comportamento diferente” com o marido, “a situação ficava por ali”. “Mesmo que o meu filho tivesse desobedecido ou tido um mau comportamento nada justifica uma atitude daquelas. Poderiam mandálo para a rua e um recado aos pais. Parece que o professor está doente e medicado, mas se não está em condições para leccionar, terá de ficar em casa. Os miúdos estão com medo do professor”, salientou.
Paula Marques informou ainda que os agentes da Escola Segura da PSP estiveram na escola a ouvir a criança e o professor e revelou que irá fazer uma queixa formal para a direcção do agrupamento e para a Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares. Fonte do Comando da PSP de Leiria confirma que a PSP foi chamada à Escola Marquês de Pombal, “por ter havido desentendimentos entre um professor e um aluno” e, “posteriormente, entre o progenitor desse aluno e o mesmo professor”.
No entanto, a PSP refere que “ao que foi possível apurar não terá havido agressões físicas propriamente ditas em nenhuma das ocasiões”. O director do Agrupamento, Fernando Mota, diz que foi aberto um inquérito para averiguar o que se passou e se houver alguma responsabilidade do docente a legislação será aplicada.
Em comunicado, o conselho executivo (CE) da Associação de Pais de Pombal manifesta a sua “preocupação e repúdio pelos actos de violência alegadamente perpetrados por um professor para com um aluno”. “A APP espera que as instâncias competentes averiguem com a maior brevidade os factos e tomem as medidas preventivas adequadas ao caso.”