– Já não há paciência … para programas de televisão passados em terras que duram um dia inteiro, com números a um euro mais IVA para se ligar. Ou para programas com pessoas fechadas dentro de uma casa e que vivem numa realidade paralela. Ou para programas onde tentam conquistar agricultores.
– Detesto … pagar por um café e servirem-me uma água choca. É necessário respeitar o direito fundamental a acordar efectivamente.
– A ideia … de um mundo em que foi possível chegarem aos cargos máximos dos seus países figuras como George W. Bush, Trump, Bolsonaro, e outros desse calibre, ainda não a encaixei totalmente.
– Questiono-me se … as pessoas que vão a conduzir sozinhas no carro e levam a máscara posta, terão compreendido bem a mensagem.
– Adoro … poder dormir a sesta depois de almoço.
– Lembro-me tantas vezes … do Dartacão. Eram tempos verdadeiramente excitantes, o futuro não existia e tudo se resolvia pegando num galho seco com a forma de uma espada.
– Desejo secretamente … um mundo em que não existam programas de comentário futebolístico. Já que estou a desejar, também desejo que não hajam de comentário político. No fundo desejo um mundo em que não tenham que chamar especialistas para nos explicar a realidade.
– Tenho saudades … do tempo em que não era necessário ter um caderno com 10 páginas preenchidas com dados de login e passwords de uma centena de sites, apps e portais em que estou registado.
– O medo que tive … da última vez em que julguei ter perdido o caderno. Felizmente que o voltei a encontrar. Entretanto já tinha redefinido a password de uns quantos serviços…
– Sinto vergonha alheia … das pessoas que são obrigadas a contactar-me para saber se quero mudar de fornecedor de electricidade, de telecomunicações, se quero outro seguro, ou mais algum dinheiro a uma taxa simpática.
– O futuro … era um horizonte longínquo. Fazíamos as contas a que idade teríamos no ano 2000. Sonhávamos com carros voadores, teletransporte. Afinal já lá chegámos e é tudo menos espetacular do que nos prometiam.
– Se eu encontrar … 50 euros perdidos nos bolsos de umas calças, em vez de ir atestar o depósito para recuperar cinco euros, pago uma rodada aos amigos.
– Prometo … não recorrer a promessas para fazer as coisas que quero fazer.
– Tenho orgulho … apesar de tudo, de viver neste canto à beira mar plantado, da nossa arte de improvisar e de usar esta língua bonita.