Antes de Nuno André Ferreira, e desde a primeira edição, em 1955, só cinco portugueses tinham sido premiados no concurso internacional World Press Photo, um dos mais importantes prémios de fotojornalismo do mundo: Eduardo Gageiro em 1975, João Silva em 2006, Miguel Barreira em 2008, Daniel Rodrigues em 2013 e Mário Cruz em 2016 e 2019.
Agora, a primeira exposição individual de fotografia de Nuno André Ferreira desde que está nomeado para os óscares do fotojornalismo pode ser vista em Leiria, de onde é natural.
O colaborador da agência Lusa será primeiro, segundo ou terceiro prémio na categoria Spot News (Singles) do World Press Photo 2021. Os resultados são anunciados no próximo mês.
A exposição de Nuno André Ferreira encontra-se instalada na montra do espaço Café Central (na Travessa da Misericórdia, junto ao Centro de Diálogo Intercultural de Leiria) e é observada da rua, ao ar livre.
Aberta a 11 de Março, prolonga-se até 15 de Abril.
Reúne 10 fotografias, incluindo a imagem seleccionada pelo júri do World Press Photo 2021: captada em 7 de Setembro de 2020 numa aldeia do concelho de Oliveira de Frades ameaçada por chamas, com um bebé no banco traseiro de um carro, e publicada pela agência Lusa.
Nuno André Ferreira falou sobre esse momento ao JORNAL DE LEIRIA neste artigo.
A exposição inclui também a imagem vencedora do Prémio Rei de Espanha 2018 (o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a confortar um idoso depois dos fogos de Outubro de 2017 na região centro).
Os grandes incêndios, a pandemia de Covid-19, a cultura do vinho e o Portugal rural e interior são temas que dominam a exposição, um exemplo do que o fotojornalismo alcança nos momentos em que se cumpre, refere uma nota de imprensa do Café Central.
Nuno André Ferreira é natural de Leiria e colabora com a agência Lusa e com o grupo Cofina (Record, Correio da Manhã, Sábado e Jornal de Negócios).
Licenciado em Ciências da Informação pelo Instituto Superior Miguel Torga de Coimbra, em 2018 recebeu o Prémio Rei de Espanha de Jornalismo. Venceu o Prémio Estação Imagem 2010 na categoria Ambiente e o primeiro prémio de fotografia da Aliança das Agências de Notícias do Mediterrâneo (AMAN) em 2014, entre outros.
Em 2020, publicou o livro A Voz do Dão – o Diálogo da Uva e do Vinho (com Adriano Miranda). Antes, tinha publicado ViseuFolk (em 2019, com mais cinco autores) e Dever de Memória – Da Infâmia à Esperança (também com Adriano Miranda).
Está representado nas publicações Dois anos Depois – Júbilo e Tragédia (da Presidência da República), 140 Manchetes para a História (Correio da Manhã), Everydaycovid – Diários Fotográficos em Estado de Emergência e At the Scenes of the Pandemic – International Press Photo Exhibition (Coreia do Sul).