António Liz, representante da comissão de trabalhadores da Nova DS Smith Embalagens, explica que, até agora, no primeiro dia de paralisação desta fábrica dos Marrazes (Leiria), a adesão à greve situa-se acima dos 90%.
Com a paragem, expõe António Liz, os trabalhadores pretendem ver aumentados os seus vencimentos e protestar em relação ao que consideram ser “uma crise geracional” dentro da empresa.
Aos 64 anos de idade, o representante da comissão de trabalhadores lamenta que trabalhadores na casa dos 20 e dos 30 anos, “gente qualificada, trabalhadora e empenhada”, tenham um rendimento que é “metade” do seu, devido a diferenças entre salários e subsídios atribuídos.
Há por parte da empresa “uma desvalorização” do trabalho das gerações mais jovens, que, face aos seus “baixos rendimentos”, “não pode ter perspectivas de constituir família e ter o seu próprio lar”, lamenta António Liz.
Trata-se de uma situação que não se justifica, defende o representante da comissão de trabalhadores, notando que a multinacional tem alcançado “resultados excelentes”.
Os trabalhadores da Nova DS Smith Embalagens iniciaram esta paralisação às 6 horas de hoje, dia 30, que vão terminar amanhã, dia 1 de Maio, pela mesma hora.
Está ainda prevista nova paralisação a começar às 6 horas do dia 3 de Maio e a terminar às 6 horas do dia 4. Em causa está uma unidade com 140 trabalhadores, dos quais 100 alocados à área produtiva.
O JORNAL DE LEIRIA tentou, sem êxito, ouvir a direcção da empresa.