O ano foi “atípico”. Parecia que tudo podia ser colocado em causa, até a viabilidade dos campeonatos, mas acabou por valer bem a pena.
Que o diga Paulo Alberto,, que depois de conquistar as coroas de campeão brasileiro de motocross nas categoruas MX1 e Elite, acabou, por fazer o pleno no passado fim-de-semana, pois conquistou, também, o título brasileiro de arenacross, na classe Pro.
A competir no Brasil desde 2013, o ano que agora se encaminha para o fim não parecia prometer. Tudo esteve em riscos de ruir, as provas foram sendo adiadas, algumas canceladas, e a incerteza chegou ao Verão.
A época foi mais curta, mas o piloto de Vale do Horto, Azoia, manteve-se focado, não facilitou na preparação e recebeu a maior das recompensas.
Arenacross é o nome dado ao supercross do outro lado do Atlântico. É uma prova mais intensa, com mais saltos, mais dificuldades, mas a que Paulo Alberto se adapta bem.
Mas este fim-de-semana, a coisa até começou torta e o piloto português da Yamaha chegou a sábado atrás no campeonato. “Na sexta-feira, infelizmente, caí e acabei em sétimo, mas nunca perdi a esperança”, admitiu.
Como venceu a segunda manga, continuava a depender apenas de si, mas para sábado, cheio de lama, só havia um caminho: vencer. Na primeira final não deu hipótese à concorrência e triunfou tranquilamente, com 19 segundos de vantagem.
Para a última manga da competição estavam três pilotos separados por dois pontos e a qualquer deles bastava vencer a corrida para se sagrar campeão brasileiro. Uma vez mais, Paulo Alberto partiu melhor, não se distraiu e levou a Yamaha até ao final com nove segundos à maior.
Era hora de festejar. [LER_MAIS]No Brasil e à chegada a casa, no Vale do Horto, quando saltou a rolha da garrafa acompanhado dos mais próximos. “Sabia que ia ser uma lotaria muito grande devido à lama, mas como sou um piloto técnico, gosto dessas condições. Correu tudo bem, consegui os três títulos que estava a disputar e é um grande orgulho. Para mim e acredito que para Portugal também. Para o ano há mais.”