Os elementos já executados do pavilhão de São Mamede, no concelho da Batalha, vão ser demolidos para dar lugar ao novo edifício que aumenta a capacidade da infra-estrutura para 755 lugares.
Na última reunião de câmara, realizada na segunda-feira, foi aprovado um novo concurso público, já que o anterior, com o novo projecto em vigor, teve todas as propostas excluídas, por nenhuma conseguir apresentar um valor igual ou inferior ao preço base de 1,7 milhões de euros (ME).
Segundo a minuta da reunião camarária, o procedimento do concurso público lançado em Setembro de 2023 teve 12 empresas interessadas, mas nenhuma conseguiu cumprir com o valor base da obra e foram todas excluídas. Desta forma, a autarquia aprovou, por maioria, a abertura de um novo concurso, com um valor de 2,09 ME, acrescidos de IVA, “mais consentâneo com os preços concorrentes do mercado”, pode ler-se na minuta.
A construção do Pavilhão de São Mamede iniciou-se ainda no mandato de Paulo Batista dos Santos (PSD) e o actual presidente, Raul Castro (Movimento Independente Batalha é de Todos), considerou que o projecto inicial, com um custo de 1,5 milhões de euros para cerca de 200 lugares, era “uma má gestão”.
Foi determinada a revisão do projecto, que agora estabelece 755 pessoas sentadas, além da reformulação de “toda a estrutura para acolher a superfície de jogo” e a “alteração dos espaços adjacentes, com a introdução de infra-estruturas para o desenvolvimento de arranjos exteriores”. O prazo de execução da empreitada é de cerca de nove meses e serão demolidas as construções já erguidas.
Os vereadores da oposição anunciaram o voto contra a abertura de novo procedimento e Nuno Almeida (PSD) esclareceu que não vota a favor de uma obra “sem os arranjos exteriores incluídos”.
“Corremos o risco de ter uma obra executada e não poder usar porque não temos os acessos feitos”, manifestou o vereador. Durante a reunião camarária, o presidente da Câmara Municipal não esclareceu qual a solução encontrada para a construção dos acessos exteriores e, ao JORNAL DE LEIRIA, garantiu que esta questão será reavaliada no início do próximo ano.