Vários comandantes de corporações de bombeiros de diversos pontos do País, acompanhados de dezenas de operacionais, concentraram-se esta manhã junto ao Tribunal de Leiria, para fazer a guarda de honra ao comandante Augusto Arnaut, antes da leitura do acórdão do processo dos incêndios de Pedrógão Grande, agendado para esta terça-feira.
A esta hora, os arguidos, com a excepção de Jorge Abreu, presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos que estará atrasado, já se encontram na sala de audiências. Familiares dos arguidos e das vítimas também estão a entrar na sala.
O comandante dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande está acusado de 63 crimes de homicídio e 44 de ofensa à integridade física, 12 dos quais graves, todos por negligência.
Além de Augusto Arnaut, vão conhecer a deliberação do tribunal dois funcionários da antiga EDP Distribuição (atual E-REDES), José Geria e Casimiro Pedro.
A linha de média tensão Lousã-Pedrógão, onde ocorreram descargas eléctricas que desencadearam os incêndios, era da responsabilidade da empresa.
Três funcionários da Ascendi – José Revés, Ugo Berardinelli e Rogério Mota – estão também a ser julgados.
A subconcessão rodoviária do Pinhal Interior, que integrava a Estrada Nacional 236-1, onde se registou a maioria das mortes, estava adjudicada à Ascendi Pinhal Interior.
Os ex-presidentes das Câmaras de Castanheira de Pera e Pedrógão Grande, Fernando Lopes e Valdemar Alves, respetivamente, um antigo vice-presidente da Câmara de Pedrógão Grande José Graça e a então responsável pelo Gabinete Florestal deste município, Margarida Gonçalves, estão igualmente entre os arguidos, assim como o presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos, Jorge Abreu.