Foi em Outubro que Portugal participou pela primeira vez na Copa Mundial de Pelota Basca, na variante de xare. Como o nome indica, esta é uma modalidade que tem a sua maior concentração de praticantes no País Basco, seja francês ou espanhol, e também nos países latino-americanos. Curiosamente, é na Gondemaria que está sediada a Associação Portuguesa de Pelota Basca.
Foi criada em 2012 por praticantes em França, emigrantes e luso-descendentes, encabeçados por Nelson Saraiva, de 50 anos, cujos pais residem naquela pequena localidade do concelho de Ourém.
No entanto, o crescimento tem sido lento. Não há mais de dois clubes e duas dezenas de atletas federados, divididos entre a Moita e Ourém, grande parte deles emigrantes em França e a presença naquele evento teve como objectivo tentar contrariar esse facto.
Segundo Nelson Saraiva, residente em Toulouse e que viaja até à terra dos pais “cinco a oito vezes por ano”, a presença na Copa Mundial serviu, sobretudo, para “representar Portugal com orgulho na camisola” e dar visibilidade à modalidade, para “conquistar” novos atletas.
O quinto lugar na primeira participação, apenas atrás de França, Espanha, Estados Unidos e Argentina, deixa o responsável “a sonhar”. “Foi muito encorajador para o futuro, com o Campeonato Mundial de Juniores, em 2021, em perspectiva”, prossegue Cyprien Ducos, técnico da representação lusa.
A modalidade xare, praticada em duplas, destaca-se pelo tipo de equipamento que é utilizado para a prática do jogo: uma espécie de raquete com um aro de madeira e corda trançada de maneira muito simétrica e não muito firme. A pelota, quando atirada contra a parede, o frontón, pode atingir os 280km/h.