Apesar de existir um túnel que assegura a travessia da Estrada Nacional 242, na Nazaré, são muitos os alunos da Escola Básica e Secundária Amadeu Gaudêncio e do Externato Dom Fuas Roupinho que arriscam atravessar pela estrada, “incautos com a vida e que colocam em risco a vida dos outros”, expôs Paulo Reis, vereador do PSD, na última reunião de Câmara da Nazaré.
Aproveitando o contexto de início de ano lectivo, o autarca alertou para uma situação recorrente, que tem causado acidentes, e da qual resultou há vários anos uma vítima mortal. “É um palco de acidentes a acontecer”, constatou o vereador, que sugeriu maior intervenção da Escola Segura.
Walter Chicharro (PS), presidente da autarquia, salientou que o túnel já tinha sido construído quando esse acidente com vítima mortal aconteceu. E acrescentou [LER_MAIS]que não são apenas os alunos que atravessam a estrada. Adultos, alguns até idosos, fazem o mesmo, para chegar até às superfícies comerciais que existem na zona. Os próprios condutores também não utilizam a estrada e rotunda de forma correcta, apontou.
O presidente lembrou que em causa está uma estrada nacional, que não é da responsabilidade do município, embora a câmara conte assumir a gestão da via a breve trecho.
Walter Chicharro acredita que a colocação de betão no eixo da via pode não ser a melhor solução, podendo criar problemas de mobilidade sem ser suficiente para impedir os atravessamentos. Também entende que uma ponte aérea não serve quem tem mobilidade reduzida. “Temos que ir pela sensibilização”, advoga o autarca. E caso a gestão da estrada passe para a câmara, o presidente entende que esta é uma das vias prioritárias para colocação de radares de limitação de velocidade.
Manuel Sequeira (PS), vereador da Educação, frisa que “a Escola Segura tem feito um bom trabalho”, mas que “o túnel está mal frequentado”, com “obstáculos” que a polícia “tem bem identificados”.
Orlando Rodrigues (PS) lembrou que o município tentou minimizar o problema com iluminação pública no local. Já João Paulo Delgado (CDU) acredita que os outdoors da rotunda podem conter mensagens de sensibilização.
Quanto à PSP, não tem registo de acidentes nesta zona nos últimos dois anos.