Os visitantes do Mosteiro da Batalha e do Mosteiro de Alcobaça, monumentos classificados como Património Mundial, passam a ter à disposição maquetas volumétricas dos edifícios e réplicas e pormenores construtivos e decorativos, que poderão tocar e melhor apreender.
As maquetas volumétricas destes edifícios históricos e a reprodução de elementos construtivos e decorativos, de que são exemplo os túmulos do Mosteiro de Alcobaça, são materiais tácteis que foram produzidos para melhor poderem ser interpretados no decurso dos percursos expositivos, tornando desta forma o património mundial acessível a todos.
O projecto de acessibilidade e inclusão foi pensado pela Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) para “permitir a todos os visitantes destes monumentos uma melhor compreensão dos espaços e, simultaneamente, responder às necessidades de pessoas com deficiência visual (cegas ou com baixa visão)”, explica a DGPC em comunicado.
Do ponto de vista técnico-científico, com o apoio da Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa, o desenvolvimento do projecto envolveu várias fases, nomeadamente levantamentos digitais dos edifícios e pormenores construtivos/decorativos, a criação de modelos digitais 3D, a impressão 3D das maquetas (validadas por um grupo consultivo da ACAPO – Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal), a criação e produção de vídeos com interpretação em Língua Gestual Portuguesa, legendagem e áudio disponíveis através de QRcodes aplicados nas mesas, entre outros.
De acordo com a DGPC, as mesas que suportam as maquetas foram projectadas para serem acedidas por todos, dado que permitem a aproximação frontal e lateral de pessoas em cadeira de rodas, bem como o alcance por parte de crianças e de pessoas com baixa estatura.
O projecto inclui ainda uma componente de sinalética direccional visual de alto contraste para orientar os visitantes nos percursos acessíveis em cada um dos edifícios indicados, que está a ser desenvolvida.