Já reúne quase 300 assinaturas a petição pública que exige a requalificação do skatepark da Marinha Grande, que se apresenta com vários sinais de degradação. O movimento cívico partiu de Rafael Machado, um marinhense que já não se assume como um utilizador frequente daquele espaço, precisamente devido à falta de manutenção da infra-estrutura.
“O skatepark foi construído por volta de 2007, com as rampas que tem até agora, pré-fabricadas. São quatro ou cinco módulos e, na altura, foram considerados insuficientes, mas era melhor do que havia antes, que era nada”, começa por adiantar o jovem, de 24 anos, que ainda usufruiu das instalações.
No entanto, nunca houve uma “remodelação notável” e a degradação está à vista. “Há buracos nas rampas. Uma pessoa que não tenha atenção pode mesmo encravar uma roda e sair de lá disparada”, alerta.
Garrafas partidas no chão, grafittis, buracos, falta de limpeza e luz são algumas das queixas de Rafael Machado, que agora, tal como tantos outros, é obrigado a ir para concelhos vizinhos – Alcobaça ou Leiria – praticar o desporto que mais gosta.
As queixas já não são recentes e o marinhense lembra que as reuniões com o executivo, com propostas para a melhoria do skatepark, começaram em 2022. Entre promessas e orçamentos, um eventual projecto ficou na gaveta e Rafael Machado denuncia que, além de nada ter sido feito, deixou de receber respostas do executivo da Marinha Grande.
Contactado pelo JORNAL DE LEIRIA, o vereador com o pelouro do desporto, João Brito, nega ter sido contactado por qualquer utilizador do espaço, mas confirma as reuniões com a Wasteland Skateparks, empresa que se dedica à construção e requalificação destas infraestruturas.
“Tenho tudo projectado. Aquele espaço no Parque da Cerca está obsoleto. A ideia era remover aquele e fazer um espaço novo”, admitiu João Brito, ao avançar que, neste momento, a verba necessária para a requalificação do skatepark não está inscrita no orçamento municipal.
Apesar disso, o responsável pelo desporto garante que existe a vontade de requalificar o espaço. “Os orçamentos são dinâmicos”, acrescentou ainda o vereador, admitindo que procura uma “janela de oportunidade” para inscrever a requalificação no orçamento.