Praticamente um ano depois do incêndio, data que se assinala na próxima segunda-feira, 15 de Outubro, o ministro das Florestas esteve na Marinha Grande e anunciou um investimento de 15 milhões de euros até 2022 no Pinhal de Leiria – que recebe a maior parcela – e noutras seis matas nacionais do litoral.
As acções previstas para quatro anos envolvem preparação de terrenos, reflorestação, melhoramento da rede viária e gestão de combustível.
A apresentação do programa de recuperação das matas nacionais do litoral, baseado no trabalho da comissão científica nomeada pelo governo, com peritos de sete universidades, aconteceu esta quinta-feira, 11 de Outubro, no auditório da Resinagem, na Marinha Grande.
Confrontado com as críticas de técnicos e moradores do concelho que dizem estar quase tudo por fazer no Pinhal de Leiria, Capoulas Santos considerou que não era fácil fazer mais no período de um ano desde o incêndio.
De acordo com o ministro, os 15 milhões de euros hoje anunciados representam "uma pequena fatia" de todo o investimento que vai ser necessário para recuperar 24 mil hectares ardidos, dos quais 9.500 hectares no Pinhal de Leiria: "Este projecto de recuperação das matas litorais é muito mais do que as operações de mera gestão florestal. Mas obviamente que estamos a responder gradativamente a um problema de grandes dimensões e como é óbvio a nossa primeira prioridade é a recuperação da componente florestal".
No Pinhal de Leiria, a comissão científica propõe manter a prioridade ao pinheiro bravo e recomenda a criação de manchas intercalares com sobreiros e outras lenhosas, além de charcos e zonas de lazer.
Os especialistas avisam também para a ameaça que representam as espécies invasoras – acácias, entre outras -, a erosão eólica e as doenças e pragas que atacam o pinheiro bravo.