O Politécnico de Leiria assinou hoje um protocolo de colaboração com o Athlone Institute of Technology e o Limerick Institute of Technology, instituições de ensino superior da Irlanda, para disponibilização de programas de doutoramentos conjuntos.
O acordo foi assinado numa cerimónia à distância e em directo, com cada instituição a assinar os documentos nos respectivos países. O programa de doutoramentos conjuntos surge no âmbito da rede europeia Regional University Network – European University (RUN-EU), liderada pelo Politécnico de Leiria, e vai criar, já este ano, 10 vagas para frequência de programas de doutoramento por diplomados do Politécnico de Leiria.
“Vamos começar em Setembro com 10 alunos, que vão passar seis meses em cada país, durante quatro anos, com co-supervisão de um professor ou investigador do Politécnico e da outra instituição. Estão também a ser encontrados os mecanismos de suporte para uma bolsa digna para este tipo de trabalho, com o apoio da ministra irlandesa e do nosso ministério”, disse Rui Pedrosa, presidente do Politécnico de Leiria.
O responsável salientou que nasce, a partir deste protocolo, “uma nova era de oportunidade direta dos estudantes do Politécnico de Leiria de estarem associados a estes programas doutorais”.
“Abre aqui a janela de oportunidade aos nossos estudantes diplomados e de mestrado fazerem um doutoramento europeu, com estas instituições irlandesas, juntamente com o Politécnico de Leiria”, acrescentou Rui Pedrosa.
O presidente da instituição de ensino superior afirmou ainda que esta “é a evidência clara que existem todas as condições para o Politécnico de Leiria ter programas doutorais”.
“Isso também é estratégico. Também é algo que acontece dentro de uma liderança do Politécnico de Leiria na RUN-EU, uma rede colaborativa que afirma também o Politécnico na dimensão europeia”, disse.
Rui Pedrosa revelou que o Athlone Institute of Technology e o Limerick Institute of Technology “são duas instituições que se estão a juntar numa universidade tecnológica de referência na Irlanda, com enorme qualidade”.
“Os institutos tecnológicos na Irlanda têm hoje já doutoramentos a funcionar. O que hoje reivindicamos foi um processo que já aconteceu na Irlanda em instituições que são o equivalente aos politécnicos e já hoje têm programas doutorais”, reforçou.
Segundo Rui Pedrosa, os estudantes de Leiria poderão realizar doutoramentos na área da gestão, do turismo, da engenharia e das ciências da saúde. “Estava pensado começar os primeiros 6 meses na Irlanda e os outros serem em Portugal, mas, neste contexto da covid e da pandemia, se calhar, vamos começar ao contrário”, informou.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, disse que “estes consórcios são críticos para aceder a mercados globais”.
“O futuro está certamente baseado em redes europeias e o futuro do ensino superior tem de ter o impacto local, mas a formação das pessoas não pode deixar de ser num contexto europeu para o acesso aos mercados”, referiu o governante.
Manuel Heitor salientou que a tendência desta colaboração e das instituições estarem em rede foi agora “acelerada” pela Covid-19. “É algo que não é novo e agora estamos a dar um passo importante. Mais uma vez, o Politécnico de Leiria veio inovar e criar consórcios entre instituições para terem graus conjuntos e para terem depois uma gestão conjunta de docentes e de investigadores, criando laboratórios e programas conjuntos”, sublinhou o ministro.