De acordo com um estudo do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), relativo a 2017 e divulgado em Abril deste ano, o impacto económico do Politécnico de Leiria é o maior entre 12 destes estabelecimentos de ensino superior, a nível nacional.
No período estudado, a instituição contribuiu com 129 milhões de euros na economia local, Num estudo semelhante encomendado pelo CCISP, em 2014, o impacto directo era de 101.008 milhões de euros. No documento, o Politécnico aparece à frente, na maioria dos indicadores, nas áreas analisadas que envolveram os três pólos de Leiria, Peniche e Caldas da Rainha.
O estudo refere que, em média, nos politécnicos analisados, por cada euro investido pelo Estado, há um retorno de três euros na economia local, mas o Politécnico de Leiria tem impacto de 4,7 euros. O orçamento atribuído em 2017 foi de 44.676 milhões. Para este estudo, foram contabilizadas as despesas realizadas por estudantes, professores e pessoal não docente, surgimento de novas empresas e número de empregos gerados. No extremo da tabela, e para comparação, está o Instituto Politécnico de Portalegre, que tem um impacto económico gerador de riqueza anual de apenas 27 milhões de euros.
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O número
4,7
Segundo dados provisórios fornecidos pelo Politécnico de Leiria, entre 2015/16 e 2018/19, formaram-se 8.827 estudantes, nos cursos de licenciatura, mestrados, pós-graduações, cursos de especialização tecnológica e cursos técnicos superiores profissionais.
Empregabilidade de 95%
Segundo assegura a instituição de ensino superior, a taxa de empregabilidade dos cursos ministrados ronda os 95%, destacando-se 17 licenciaturas com “empregabilidade a 100%”.
Também os dados do portal Infocursos, ferramenta disponibilizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que fornece informações, curso a curso, para “apoiar as escolhas no acesso ao ensino superior”, revelam que, por exemplo, a licenciatura de Tradução e Interpretação Português/ Chinês e Chinês/Português da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS), de Leiria, teve uma taxa de desemprego de 0% entre os diplomados entre 2012 e 2016.
As empresas de economia digital, nacionais e internacionais, que se têm instalado na cidade de Leiria fazem-no pelas vantagens a nível dos custos e infra-estruturas técnicas instaladas mas também devido ao manancial, em termosde colaboradores, que a proximidade do estabelecimento de ensino superior lhes permite.
“Quase todos os nossos programadores – muito jovens – saíram do curso de Informática da ESTG, do Politécnico de Leiria”, revela o administrador da Voïd Software, João Mota. Também João Santos, responsável pela Satellite Courage, revela que a proximidade à instituição é benéfica para as empresas da chamada economia digital. Segundo a estatística relativas a 2018, Educação Básica e de Enfermagem aparecem com taxas de desemprego, respectivamente, de 0,8% e de 1,4%.
No pólo oposto, estão, além de Serviço Social, os cursos de Comunicação e Média e de Solicitadoria, com 9,9 e 9,1% de diplomados inscritos como desempregados no Instituto do Emprego e Formação Profissional. De ressalvar que estes dados relativos à empregabilidade não permitem distinguir se um diplomado se encontra ou não a trabalhar na sua área de formação. Ou seja, pode ser contabilizado como empregado, não estando, porém, a desempenhar funções relacionadas com o curso que concluiu.