O Município de Pombal prevê arrancar com as obras de reabilitação e valorização ambiental do rio Arunca em Setembro, com o objectivo de “devolver o rio às pessoas”.
O projecto de reabilitação e valorização ambiental do rio Arunca foi apresentado no último sábado, na Casa Varela, onde o responsável pelo planeamento, Pedro Teiga, afirmou que esta será uma intervenção “ambiciosa”, capaz de “compatibilizar os seres humanos, a agricultura e as utilizações da cidade com a ecologia e a biodiversidade”.
O sócio-gerente da E.Rio, empresa responsável por criar projectos de reabilitação de rios e ribeiras, esclareceu que a intervenção vai decorrer ao longo de 26 quilómetros,actuando no leito do rio, margens e áreas agrícolas, com a plantação de 19.700 unidades.
A reabilitação inclui a colocação de “galeria ripícola” ao longo de todo o sistema, dado que só com “os salgueiros, amieiros e freixos é que é possível segurar as margens e recuperar o ecossistema”, referiu o responsável.
Além da plantação de espécies “exclusivamente autóctones”, o projecto prevê a utilização de material natural retirado para criar “técnicas de engenharia natural ao longo das margens”, que inclui, por exemplo, a criação de um anfiteatro junto à Biblioteca Municipal de Pombal, para “aproximar as pessoas do rio”.
O município irá realizar sessões de esclarecimento em diversos pontos do concelho. Orçamentada em cerca de 566mil euros, a reabilitação do rio Arunca decorrerá numa primeira fase até Dezembro e Catarina Silva, vereadora da autarquia, apontou para Março a data limite de conclusão da empreitada.
Na mesma sessão, foi também divulgado o PERLA – Plano Estratégico de Reabilitação de Linhas de Água de Pombal, que prevê diversas acções nas linhas de água de todo o concelho e a criação de uma equipa de vigilantes, sapadores e guardiões dos rios, entre outras medidas.
Presentes na sessão, Os Amigos do Arunca mostraram-se satisfeitos pelos planos apresentados. “Vejo um rio com muita capacidade de regeneração”, comentou Emanuel Rocha, ao lembrar que “as asneiras” feitas na natureza “demoram muito tempo” a reabilitar.