A requalificação da escola secundária de Porto de Mós, “a maior obra pública de sempre” no concelho, que ultrapassará os 10 milhões de euros, já está em marcha. Os trabalhos de montagem da vedação e do estaleiro começaram, na semana passada, e vão obrigar a alterações nos circuitos internos do estabelecimento de ensino.
Jorge Vala, presidente da câmara, explica que a entrada na escola passará a ser feita junto ao pavilhão municipal, onde será instalado um contentor que servirá de recepção. Nessa zona, no espaço onde ficará o futuro campo de jogos, serão montados seis contentores que vão, alternadamente, receber as aulas que decorrem actualmente em cada um dos blocos de salas.
Outra das alterações prende-se com o serviço de refeições, que passarão a ser confeccionadas na escola EB2,3 Dr. Manuel Oliveira Perpétua e servidas na actual sala de estudantes, que “posteriormente será demolida”, avança o autarca, revelando que o município está também a estudar com a direcção do agrupamento um local alternativo para a realização dos exames nacionais, que decorrerão em Junho.
“As obras geram muito descoforto em toda a comunidade escolar e também no município, que recebe reclamações constantes, mas os ganhos que vamos ter serão significativos”, assinala o autarca, que apela à “paciência e compreensão” dos envolvidos.
“Passaremos de uma escola sem condições mínimas para uma escola de última geração, embora sem luxos”, reforça Jorge Vala, que acredita que a intervenção em curso tornará o estabelecimento de ensino “mais atractivo”.
Após as obras de requalificação, cuja conclusão está prevista para o Verão de 2026, a escola, que actualmente tem cerca de 850 alunos, ficará com capacidade para 1.200 estudantes, passando a integrar o universo da escola EB2,3 Dr. Manuel Oliveira Perpétua, localizada na Corredoura.
A par da intervenção na secundária, o município avançará com a abertura da rua Adelino Reis dos Santos e, ao longo desta, com a criação de perto de uma centena de lugares de estacionamento. Segundo o presidente da câmara, o novo acesso já tem projecto e verba inscrita em orçamento para a compra dos terrenos.