Abriram portas mais tarde do que é habitual e não contam este ano com a presença de visitantes estrangeiros. Os parques aquáticos da região registam uma quebra de negócio acentuada face a 2019 (cerca de 50%), que só não é mais expressiva devido à procura por parte de turistas portugueses e emigrantes.
Francisco Almeida Gomes, administrador do Mariparque, da Praia da Vieira, recorda que, devido à Covid-19, só muito tardiamente este sector obteve autorização para retomar a actividade e com lotação reduzida para metade. O Mariparque abriu dia 1 de Julho, podendo admitir, no máximo, 550 pessoas.
Este ano, o público é composto maioritariamente por portugueses e emigrantes que, lamenta Almeida Gomes, só muito tardiamente começaram a procurar o equipamento. “Julho foi muito fraco. Felizmente Agosto melhorou, superando até as nossas expectativas”, salienta o empresário. Ainda assim, o negócio caiu para metade este ano.
O Norpark, parque aquático da Nazaré, reabriu este ano no dia 4 de Julho, data um pouco mais tardia do que é habitual. Geralmente, abre portas a 15 de Junho. Diferente está também a lotação, que costuma ir até 1500 pessoas, mas que este ano, devido à pandemia, se vê cingida a 800 pessoas. Tal como noutros parques aquáticos da região, também este se deparou este ano com menos estrangeiros e menos emigrantes do que em anos anteriores. A procura entre público nacional e estrangeiro divide-se agora meio por meio. E a quebra de movimento é acentuada.
De acordo com a administração do Norpark, face ao ano passado, este Verão o movimento baixou cerca de 60%. As expectativas recaem agora sobre 2021, quando o parque temático espera avançar com novas atracções no complexo.
Também em Peniche, Paulo Marques, director do Sportágua, explica que o público britânico, que habitualmente se alojava nas unidades hoteleiras do concelho, este ano não veio e fez notar a sua ausência também neste parque aquático. A opção foi reforçar a aposta na promoção do Sportágua na capital. Uma estratégia que deu bons resultados, com aumento da procura por parte de turistas vindos da Área Metropolitana de Lisboa.
O parque está nesta fase a aguardar luz verde para avançar com um parque de insufláveis, para festas e aniversários, esperando assim melhorar ainda mais o movimento durante este Verão.
No Panorâmico Aquaparque, em Pombal, o negócio caiu este ano mais de 50%, conta César Pereira, administrador. A lotação [LER_MAIS]foi reduzida para metade, só entram agora 550 pessoas e, além disso, notase a ausência do público britânico. A procura tem sido assegurada sobretudo por portugueses, emigrantes da França e da Suíça.
Lotação esgotada
Na Praia das Rocas, no concelho de Castanheira de Pera, a lotação máxima agora permitida é de 650 pessoas. De acordo com o administrador do parque de ondas artificiais, o equipamento tem sido muito procurado por portugueses, sobretudo da zona Norte e de Lisboa, fruto da promoção que o equipamento tem realizado junto do público destas regiões. E os emigrantes são também um público importante deste parque, reconhece o responsável.
Embora não conte este ano com grande procura por parte de turistas estrangeiros, o parque tem tido bastante procura a nível interno, e também por parte dos emigrantes, o que não raras vezes tem resultado em dias de lotação máxima, com pessoas em espera e que já não podem entrar, relata o administrador. Existe, para tentar minimizar o problema, agendamento das visitas online.
Também Francisco Almeida Gomes, administrador do Mariparque, na Praia da Vieira, lamenta que o parque já tenha deixado de fora alguns visitantes este ano, “pelo menos meia dúzia de vezes”. Mas o empresário reconhece que esta é a única forma de garantir o cumprimento das regras impostas pela Direcção-Geral de Saúde, pela segurança de todos.