O 21.º Encontro Solidário dos Povos da Lousã que acontece no dia 15, junto à capela de Santo António da Neve, em Coentral, Castanheira de Pera, promete uma discussão pública sobre a reflorestação nas zonas afectadas pelo grande incêndio de Pedrógão Grande, que vitimou 64 pessoas, oficialmente.
Sob o lema Serra da Lousã, repensar e agir, esta iniciativa do jornal O Trevim, Lousitânea – Liga de Amigos da Serra da Lousã, Caperarte e Liga de Amigos do Museu Louzã Henriques, terá como oradores, Carlos Fonseca, biólogo, docente da Universidade de Aveiro e um dos responsáveis pela reintrodução dos veados na Serra da Lousã, Armando Carvalho, engenheiro florestal, Aires Henriques, investigador, José Pais, Silvicultor e administrador da Praia das Rocas, e Rita Serra, investigadora do CESUC.
No concelho vizinho de Figueiró dos Vinhos, também, estão a ser preparadas acções com vista à discussão da reflorestação com espécies resistentes ao fogo e que não sejam tão voláteis como o eucalipto e pinheiro bravo.
Um dos proponentes é a página de Facebook da aldeia de ALGE, que escreve: “é necessário reflorestar a nossa serra e mais importante ainda é preservar as espécies nativas tais como: Azevinho, Castanheiro, Freixo, Sobreiro, Loureiro, Azinheira, Medronheiro entre outros.
A plantação de Eucalipto NÃO PODE voltar a ganhar terreno àquelas espécies.
Esta árvore promove a destruição dos recursos hídricos, a destruição da biodiversidade da flora, erradicação quase total de fauna bem como a ignição de incêndios de fulminante propagação como todos assistimos recentemente.
A decisão de ter um ecossistema equilibrado pertence a todos.
Será que 2% do PIB nacional e os lucros das empresas de celulose justificam esta auto-destruição liberalizada? Queremos ser um ponto verde no planeta e não um ponto negro sem vida!"