Fitas adesivas, insecticida, difusores eléctricos, desinfestação por uma empresa especializada… Isabel Fabião já tentou “de tudo” para fazer face à “praga de moscas” que, nos últimos dias, “invadiu” o seu estabelecimento, o Café Dannybel, localizado em São Romão, Leiria.
Do mesmo problema se queixam os vizinhos, que falam de uma quantidade “descomunal” de moscas, que os obriga a ter as portas e janelas fechadas. Ricardo Duarte, responsável de loja da Agriloja, conta que a situação começou a sentir-se nas “duas últimas semanas”, mas desde o fim-de-semana que tem sido “de mais”.
“Nunca tinha visto tanta mosca. Os clientes reclamam e é uma tortura para os animais que temos na loja”, afirma, adiantando que ao final do dia as armadilhas que instalaram estão “cheias” de moscas. “Já não sei o que hei-de fazer. Ontem [segunda-feira] fiquei com o braço dorido de tanto usar o mata-moscas”, desabafa.
Também Isabel Fabião se manifesta impotente para fazer face à praga. [LER_MAIS]“Colocamos fitas adesivas limpas de manhã e à noite estão repletas de moscas. Limpamos os vidros num dia e no outro já estão todos sujos. Sinto-me envergonhada perante os clientes, mas não sei mais o que fazer. Isto é de loucos”, diz a comerciante. “
A situação está a torna-se insustentável”, reforça Valério Freitas. O morador residente frisa que, nos últimos dias, tem sido “impossível” abrir janelas “sem ficar com a casa cheia” destes insectos. “No sábado, abrimos um pouco para arejar e à noite tínhamos uma invasão de moscas”, relata.
A Câmara informa que, no seguimento dos alertas recebidos, a equipa do Serviço Municipal de Vigilância Ambiental efectuou uma deslocação ao local, acompanhada de um elemento da União de Freguesias, e “percorreu a zona compreendida entre Vidigal e São Romão, visitando diversos locais onde a proliferação de moscas se fazia sentir de forma mais intensa, nomeadamente nas habitações de alguns munícipes, na Associação Desportiva e Recreativa do Vidigal e no restaurante DannyBell, não tendo sido possível identificar o foco”.
Na sequência dessa acção, o município “despoletou diligências, junto da empresa privada com contrato adjudicado para a prestação de serviços de prevenção e controlo de pragas’no concelho, “encontrando-se a aguardar confirmação da efectivação do serviço de desinfestação no local”.
Entretanto, a autarquia encaminhou o assunto para BriPA – Brigada de Protecção, “no sentido de serem despoletadas diligências por aquela entidade, na tentativa de identificar, através dos meios adequados, o foco da praga.