Depois de, em Fevereiro ter pedido apoio ao Governo devido à manutenção dos preços elevados das garrafas para engarrafar vinho, a ANCEVE – Associação Nacional dos Comerciantes e Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas reforçou o seu protesto.
Paulo Amorim, presidente da direcção deste organismo sectorial, lamenta que a “baixa gradual do custo da energia, que se reflectiu positivamente nos fretes de transporte em navio”, não tenha tipo qualquer impacto “no fornecimento das garrafas, que continuam a ser colocadas no mercado com preços recorde”.
Os produtores de vinho, adianta, estão a ser confrontados com custos do vidro que estão em média mais de 55% acima dos valores pré-guerra na Ucrânia e “com alcavalas no seu fornecimento – taxa de energia, valor do transporte e exigência de pagamento antecipado”.
Paulo Amorim denuncia ainda que se continua a registar “escassez de muitos modelos de garrafas, ao contrário do que acontece noutros países vinícolas, nossos concorrentes, o que tem obrigado os produtores a alterarem constantemente procedimentos e rotulagem”.
Segundo o Instituto da Vinha e do Vinho, Portugal produziu na última vindima cerca de 688 milhões de litros e a maior parte do vinho português é engarrafado.
“É bom de ver não só a importância que o vidro tem para este sector, mas além disso, como o vinho é o principal exportador de vidro português para os quatro cantos do mundo.”