A Comissão de Utentes em Defesa do SAP 24 Horas Marinha Grande reuniu-se, no passado dia 25 de Setembro, com a administração da para analisar e discutir a situação da saúde pública no concelho.
Num comunicado, dirigido esta segunda-feira à população, a comissão informa sobre os problemas comunicados à administração e as respostas dadas pela mesma.
A comissão fez notar que, no Serviço de Atendimento Permanente, “continua a não existir um atendimento necessário e condizente com as necessidades dos utentes. Ressaltou a necessidade de se repor aquele serviço num funcionamento normal e regular que responda às necessidades da população.
Expôs que, no Centro de Saúde, “continua a não haver médicos em quantidade capaz de responder às necessidades, continuando a notar-se a existência de um grande número de utentes sem médico de família, pelo que se torna urgente resolver esta situação”.
Informou que, na extensão de Vieira de Leiria, “há uma notória falta de atendimento consentâneo com as necessidades da população, agravado recentemente com a situação clínica de um dos médicos que vinha prestando serviço naquela extensão. A comissão fez ainda notar que, as instalações há muito que não respondem às necessidades de um atendimento digno”.
No que toca à extensão da Moita, “apesar do funcionamento do balcão SNS24, a oferta de serviços de saúde é insuficiente, o que obriga os utentes a deslocarem-se quando necessitam, ao Centro de Saúde na sede do concelho, o que, para quem tem difícil capacidade de mobilidade, se afigura muito difícil o que, por isso, está a criar enormes dificuldades aos utentes daquela freguesia”
Em resposta a estas situações, transmite a comissão, “a administração da ULS informou que: “estão a ser tomadas medidas para repor o funcionamento regular (pelo menos à noite) do SAP, durante os dias da semana.”
Sobre o Centro Saúde, “informaram que foram admitidos mais três médicos pelo que, os utentes sem médico de família rondam agora os 2.000, número que, logo que se recrutem novos médicos será diminuído”
Sobre a extensão de Vieira de Leiria “informaram da disponibilidade de um médico do Centro de Saúde para minimizar a actual falta de médicos. Mais informaram que é intenção levar a cabo um projecto de melhoria das instalações”.
Sobre a Moita, prossegue a comissão, “fomos informados que os utentes estão adstritos a uma USF da sede do concelho e que haverá consultas domiciliárias para os utentes com dificuldades de mobilidade para se deslocarem ao Centro de Saúde”.
Por fim, “a comissão fez notar que, aquilo que foi dito e prometido deveria ser implementado, com o máximo de urgência, mas que a comissão irá ver a oportunidade de reunir com a população utente do concelho para que esta se pronuncie sobre o funcionamento dos serviços.”
“Logo que a reunião ou reuniões se concretizem, não deixará de fazer chegar à ULS as conclusões dessa, ou dessas reuniões, e que fará o que a população achar por melhor para ter cuidados de saúde capazes de responderem às necessidades dos utentes.”
“A comissão não deixou de sublinhar o seu desacordo face às medidas que vão no sentido da privatização dos Centros de Saúde, bem como outras medidas, anunciadas pelo Governo que estão em curso para esvaziar cada vez mais SNS, tendo informado a direcção da ULS da sua disposição para com, e ao lado da população, lutar por mais e melhores cuidados de saúde pública”
Oportunamente, adianta ainda, “a comissão irá junto dos utentes para com todos discutir estes e outros assuntos, alertando a população para a eminente necessidade de virmos a defender o Serviço Nacional Saúde na rua”.