O vereador do PSD Fernando Costa defendeu, na última reunião de executivo, que o Município de Leiria deve tentar comprar a Quinta da Portela, terreno situado nas traseiras da Villa Portela, o chalet construído no final do século XIX, que é hoje propriedade da Autarquia e que acaba de ser classificado como Imóvel de Interesse Municipal.
“Devia ser ponderado se não valeria a pena que a quinta possa vir para o erário municipal. Era muito mais importante comprar este terreno do que muitos outros imóveis que a Câmara já adquiriu”, defendeu Fernando Costa.
O autarca do PSD reconheceu que há “direitos adquiridos”, referindo-se ao que está definido pelo PDM que prevê a urbanização do local, mas que seria de “todo o interesse” o Município tentar a aquisição da propriedade, permitindo que aquela área funcionasse como “uma reserva verde” e “um pulmão” da cidade.
Em resposta, Gonçalo Lopes, vice-presidente da Câmara que substituiu Raul Castro na condução da reunião de executivo, frisou que a quinta “tem dono” [LER_MAIS] e que “qualquer aquisição daquele terreno não é prioritário nesta fase”, até porque, acrescentou, a parcela “está valorizada como terreno de construção”.
Com cerca de 17 mil metros quadrados, a Quinta da Portela foi comprada em 2016 por uma empresa liderada por Avelino Gaspar (líder do Grupo Lusiaves). O espaço, que era propriedade da família Charters tinha sido colocado à venda em 2005, pelo preço de 4,2 milhões de euros. Desconhece-se, contudo, o valor da aquisição consumada em 2016. Para o local, estará a ser desenvolvido um projecto imobiliário. Até ao fecho de edição, não foi possível confirmar em que fase se encontra o processo.
Classificação
Villa Portela sem ZEP
O Município de Leiria aprovou, na terça-feira, a classificação da Villa Portela – casa de habitação, logradouros e área verde envolvente – como Imóvel de Interesse Público. Na deliberação ficou também definido que não será fixada Zona Especial de Protecção (ZEP) ao imóvel, o que motivou a a discordância dos vereadores do PSD.