Depois de terem visitado os agrupamentos de escolas de Cister, da Benedita, de S. Martinho do Porto e o Externato Cooperativo da Benedita, na última reunião de câmara os três vereadores socialistas reportaram ao presidente do Município de Alcobaça as inquietações partilhadas pelos responsáveis das instituições.
Segundo António Henriques, Carlos Guerra e Liliana Vitorino, a quantidade e a qualidade das refeições escolares foi um dos problemas identificados, pelo que requerem uma auditoria ao serviço. Segundo os socialistas, os agrupamentos terão reportado que, em determinadas situações, nas escolas, “nota-se qualidade e quantidade da alimentação a piorar” e “o sistema de controlo de refeições não funciona em condições”.
Há também “erros frequentes nas quantidades indicadas às escolas e à empresa”, “a alimentação que chega a algumas escolas vai em más condições”, sendo que “os procedimentos de contratação são lançados muito tarde” e “as empresas não cumprem o caderno de encargos em recursos humanos”.
Face a estes constrangimentos, os vereadores propuseram: uma auditoria ao serviço de fornecimento [LER_MAIS]de refeições escolares; que seja estudada a capacidade das escolas confeccionarem a alimentação nas suas instalações; e que se analise a rede de parceiros da área social, que estejam capacitados para o fornecimento de refeições.
Além disso, sugeriram a revisão do sistema de controlo do fluxo diário de refeições escolares, “o regresso às escolas dos assistentes técnicos operacionais que foram desviados das escolas para a câmara municipal” e a abertura de concurso para bolsa de recrutamento de contratos de substituição de assistentes técnicos e operacionais.
Por outro lado, prosseguem, a falta de uma carta educativa actualizada “está a motivar faltas de planeamento nas escolas, o que obriga à transferência de crianças entre escolas, com todas as incomodidades para famílias e encarregados de educação”.
“Se a colocação de professores este ano correu melhor do que no ano passado, começam a surgir dificuldades nas substituições”, apontam.
A urgência de instalar contentores no agrupamento de S. Martinho do Porto foi outro alerta deixado pelos autarcas.
Hermínio Rodrigues (PSD), presidente do município, concordou com a necessidade de avançar com a revisão da carta educativa e informou que a colocação de funcionários será discutida na próxima reunião de câmara.
Sem conhecimento de problemas nas refeições escolares, lembrou que duas técnicas, uma delas especialista em nutrição, acompanham o serviço. Comprometeu-se a pedir um relatório a esta equipa. Defendeu ainda que, no futuro, os agrupamentos trabalharão com uma plataforma digital e os alunos terão cartão único, ferramenta que agilizará este serviço. Quanto aos contentores, referiu, chegarão à escola nos próximos dias.