São 14 as forças partidárias ou coligações que apresentam lista de candidatos a deputados pelo círculo eleitoral de Leiria nas eleições legislativas de 10 de Março. Ao todo, há 188 candidatos (140 efectivos e 48 suplentes) a disputar os dez lugares na Assembleia da República que o distrito elege.
Comparando com 2022, são menos três candidaturas e menos três forças políticas no boletim de voto, já que o MAS o Nós e o PTP não concorrem. O prazo para a entrega de listas em tribunal terminou na segunda-feira, com os processos a serem afixados à porta do Tribunal Central Cível e Comércio de Leiria (na rua Tenente Valadim) no dia seguinte.
A partir da consulta desses dados, o JORNAL DE LEIRIA traça um perfil dos candidatos. A média de idades dos elementos efectivos ronda os 46 anos, com a lista do ADN (Alternativa Democrática Nacional, que resultou da alteração da designação do PDR) a apresentar a média mais baixa (37,5 anos), enquanto o RIR (Reagir, Incluir e Reciclar) tem a mais alta (55,7 anos).
Os homens estão em maioria, representando 55% dos candidatos (efectivos e suplentes). O Chega é o partido com mais elementos do sexo masculino na sua lista (10 em 15), seguindo-se a Iniciativa Liberal (9 em 15). Já a candidatura do Partido Socialista tem mais mulheres (9) do que homens (6), o mesmo acontecendo com o PAN e com a CDU.
Em termos profissionais, as actividades mais representadas entre os candidatos a deputados por Leiria são os empresários e gestores (16), professores (13), operários fabris (12) e pessoal da área da saúde (médicos, enfermeiros, psicólogos e terapeuta da fala). Há 11 candidatos que estão reformados, dez que são estudantes e oito que se encontram ligados à justiça (advogados, juristas e oficiais de justiça).
Existem ainda sete engenheiros e outros tantos desempregados. Jardineiro, sociólogo, arquitecto, contabilista, músico, artista plástico e designer gráfico são exemplos de profissões de outros candidatos.
Olhando para os cabeças-de-lista, 12 são estreantes, havendo apenas dois repetentes: Gabriel Mithá Ribeiro, que volta a liderar a lista do Chega por Leiria, à semelhança do que aconteceu em 2022, e João Pais do Amaral, número um da candidatura do Ergue-te que, em 2019, tinha concorrido na mesma posição pelo Partido Nacional Renovador.
Inês Pires, pelo Livre, e Magui Barreto Laje, pelo Volt, são as duas únicas mulheres como cabeças-de-lista pelo distrito. Nas últimas eleições havia cinco mulheres nessa posição.
ADN com dez candidatos do Funchal
Dos 14 cabeças-de-lista pelo distrito, onze residem na região. Apenas o Chega, o PS e o ADN têm candidaturas lideradas por pessoas naturais e residentes fora do distrito, sendo que, nos dois primeiros casos, os concorrentes têm ligações a este círculo eleitoral, pelo qual foram eleitos deputados nas legislativas de 2022.
Em relação ao ADN, o JORNAL DE LEIRIA desconhece se existe ligação ao distrito do candidato que surge em primeiro lugar na lista, Nuno Silva Barroso, que, segundo os dados disponíveis no processo de candidatura, é natural de Lisboa e reside em Mafra.
Esta candidatura tem a particularidade de dez das 12 pessoas indicadas (dez efectivas e duas suplentes) residirem no Funchal. Apenas o número dois da lista vive no distrito, mais propriamente no concelho da Marinha.
As eleições de Março marcarão a estreia da Nova Direita, o partido liderado por Ossanda Líber, que pretende ser o “ponto de equilíbrio” entre PSD e Chega num eventual futuro governo e que concorre também em Leiria. O cabeça-de-lista é Luís Pires, consultor de negócios, de 52 anos, natural e residente em Caldas da Rainha.