Quase 90% dos utentes entraram nas urgências dos três hospitais da Unidade Local de Saúde da Região de Leiria (ULSRL) de forma referenciada, desde que entrou em vigor o projecto nacional Ligue Antes, Salve Vidas.
Entre os dias 29 de Outubro e 4 de Novembro foram admitidos 2.422 doentes nos três serviços de urgência geral de Leiria, Pombal e Alcobaça e na urgência pediátrica, um número abaixo dos 2.631 utentes que foram às urgências em igual período de 2023. Alexandra Borges revela ao JORNAL DE LEIRIA que das 2.422 admissões entraram 1.003 pessoas referenciadas pela Linha Saúde 24,540 foram encaminhadas pelo CODU – Centro de Orientação de Doentes Urgentes, e 579 referenciadas por outras instituições de saúde. A vogal executiva da ULSRL afirma que foram contabilizadas 300 situações em que o utente foi directamente à urgência.
Foram marcadas 173 consultas nos cuidados de saúde primários, cujas unidades de saúde ainda não estão todas a receber utentes referenciados. “Entrámos no projecto de forma faseada, apenas com algumas unidades de Leiria, Marinha Grande, Nazaré e Ourém. Só no final de Novembro teremos todas as unidades de saúde a participar”, assume.
Salientando que o SNS 24 é o principal referenciador de doentes, a responsável garante que a receptividade dos doentes tem sido muito boa e não se verificaram conflitos. “Os doentes aceitam bem, desde que lhes seja explicado. Os cerca de 12% que entraram sem serem referenciados foi por desconhecimento do projecto”, refere.
“Uma grande parte dos utentes que telefonou para a Saúde 24 não precisou de ir à urgência ou ser encaminhado para os centros de saúde. Foi sugerido auto-cuidado sob vigilância”, constata Alexandra Borges, ao explicar que só amanhã, sexta-feira, a ULSRL terá dados mais aprofundados. Cada serviço de urgência geral disponibiliza um telefone fixo, que basta levantar para fazer ligação directa ao SNS 24 (808 24 24).
“O que têm reportado é que o atendimento tem demorado um pouco, o que também é expectável porque há várias ULS a aderir a este projecto, mas nada que desmotive as pessoas a telefonar. É preciso agora reafectar recursos.”